AMÃ (Reuters) - O rei Abdullah da Jordânia disse nesta segunda-feira que os movimentos "unilaterais" de Israel contra fiéis muçulmanos na mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém, minam seriamente as perspectivas de paz na região, disse a mídia estatal.
O monarca, que estava conversando com o secretário-geral da ONU, António Guterres, culpou Israel por "atos provocativos" no complexo da mesquita que violaram "o status quo legal e histórico" dos santuários sagrados muçulmanos.
Na sexta-feira, pelo menos 152 palestinos ficaram feridos em confrontos com a tropa de choque israelense dentro do complexo da mesquita, no mais recente ato de uma onda de violência que levantou temores de um retorno a um conflito mais amplo.
A monarquia hachemita do rei Abdullah é guardiã dos locais históricos desde 1924, pagando por sua manutenção.
Embora o reino tenha um acordo de paz com Israel e mantenha fortes laços de segurança, muitos jordanianos se ressentem de Israel e se identificam com as aspirações palestinas de um Estado.
Mais de 87 deputados do Parlamento de 130 membros do país pediram ao governo nesta segunda-feira que abandone o impopular acordo de paz do país.
Protestos esporádicos em todo o país surgiram nos últimos dias em solidariedade aos palestinos.
(Reportagem de Suleiman Al-Khalidi)