Por Nathan Layne
(Reuters) - Os republicanos de Michigan aprovaram uma proposta no sábado para selecionar mais de dois terços de seus delegados estaduais para a indicação presidencial do partido em 2024 por meio de reuniões de caucus, uma mudança que pode ajudar o favorito do partido, Donald Trump.
O plano, que o comitê estadual republicano de Michigan aprovou durante uma reunião em Grand Rapids, marcaria um afastamento do processo tradicional do partido estadual do campo de batalha de alocar todos os delegados presidenciais com base em uma primária aberta ao público.
A mudança seria significativa, pois 70% dos delegados seriam decididos nas reuniões de caucus, onde os membros mais ativos do partido provavelmente exercerão mais influência. Isso pode servir como uma vantagem para Trump, dada sua popularidade entre as autoridades locais do partido, disseram alguns republicanos e especialistas políticos.
De acordo com o plano, as convenções de 2 de março nos 13 distritos congressionais de Michigan seriam usadas para nomear três delegados cada, representando 39 dos 55 delegados do estado para a convenção nacional republicana do próximo ano. Os outros 16 serão baseados nas primárias do estado em 27 de fevereiro, de acordo com um plano alterado revisado pelo comitê estadual no sábado.
Ainda não está claro se o plano será aprovado pelo Comitê Nacional Republicano (RNC), como é necessário. Uma porta-voz do comitê não foi encontrada para comentar.
Michael Schostak, ex-vice-presidente do partido estadual, disse que a seleção de delegados por caucus distrital daria a Trump uma "grande vantagem" porque apenas delegados distritais eleitos anteriormente estarão entre os escolhidos para participar.
"Estes não são como os caucuses de outros estados, que são mais abertos a uma faixa mais ampla do eleitorado republicano", disse ele. "Os republicanos que apoiam alguém que não seja Trump não estão bem representados entre os atuais delegados distritais e o comitê estadual."
Em um distante segundo lugar atrás do ex-presidente Trump nas pesquisas de opinião nacionais está o governador da Flórida, Ron DeSantis. Outros candidatos com votos de um dígito incluem a ex-embaixadora da ONU Nikki Haley, o ex-vice-presidente Mike Pence e o senador dos EUA Tim Scott.
Chris LaCivita, um dos principais assessores da campanha de Trump, disse que uma mudança de regra seria uma vantagem para ele. Um porta-voz de DeSantis não respondeu a um pedido de comentário.
(Reportagem de Nathan Layne)