SÃO PAULO (Reuters) - O ex-jogador Ronaldo, integrante do comitê organizador da Copa do Mundo no Brasil, defendeu nesta quarta-feira a renúncia do presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Marco Polo Del Nero, após denúncias de corrupção contra dirigentes do futebol.
Investigações dos Estados Unidos levaram à prisão de sete dirigentes da Fifa em Zurique na semana passada, incluindo o antecessor de Del Nero na CBF, José Maria Marin, que também era presidente do comitê organizador do Mundial de 2014.
Na terça-feira, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, renunciou ao cargo, apenas quatro dias depois de ter sido reeleito para um quinto mandato.
"Adoraria que ele (del Nero) renunciasse também, porque não tem dado um grande exemplo. É muito evidente a relação que ele tem com o antigo presidente, o José Maria Marin, e, portanto, seria um bom momento para ele renunciar", disse Ronaldo a jornalistas durante evento em São Paulo.
"No entanto, é muito bom a gente aguardar todas as investigações e não fazer um pré-julgamento antes que sejam tornadas públicas as conclusões", completou.
Del Nero não foi citado pelas investigações norte-americanas, e na última sexta-feira, após voltar da Suíça antes da eleição da Fifa, disse que não pensa em renunciar.
Para Ronaldo, eleito melhor jogador do mundo pela Fifa por três vezes e campeão mundial com o Brasil em 1994 e 2002, as investigações devem chegar ao comando da CBF.
"Não sabemos exatamente ainda em que pé está a investigação. Eu tenho certeza que vai chegar em algum momento na cúpula da CBF", afirmou. 2015-06-03T184519Z_1006920001_LYNXMPEB5211W_RTROPTP_1_ESPORTES-FUT-RONALDO-CBF.JPG