BELGRADO (Reuters) - Cerca de 100 mil imigrantes do Oriente Médio, da África e da Ásia atravessaram a Sérvia até o momento em 2016, apesar do fechamento da chamada "rota dos Bálcãs" que centenas de milhares utilizaram no ano passado para chegarem ao leste da Europa, disse o ministro do Bem-Estar Social sérvio.
"Isto significa que a rota dos Bálcãs ainda existe e que agora as pessoas estão indo para países da União Europeia com dificuldades cada vez maiores", disse o ministro Aleksandar Vulin, segundo a agência de notícias Tanjug.
Mais de 650 mil pessoas, muitas fugindo das guerras e da pobreza no Oriente Médio e em outros locais, passaram pela Sérvia, que não é membro da UE, no ano passado a caminho do bloco.
Esta rota foi majoritariamente interditada em março, na sequência de uma série de fechamentos de fronteiras em Estados da UE.
No mês passado, a Hungria, vizinha do norte pertencente ao bloco, adotou uma lei que permite à polícia mandar de volta imigrantes ilegais detidos a até 8 quilômetros de sua divisa sul com a Sérvia, fechada com arame farpado.
A Hungria também limitou o número de entradas diárias na zona de trânsito para um máximo de 30 pessoas. A medida criou um gargalo e levou os imigrantes a criarem campos improvisados perto destas zonas entre os dois países.
De acordo com o Alto Comissariado das ONU para os Refugiados (Acnur), nesta sexta-feira havia cerca de 1.300 imigrantes em centros ao ar livre e em campos improvisados próximos da fronteira húngara e um total de cerca de 2.300 na Sérvia como um todo.