BEIRUTE/MOSCOU (Reuters) - O governo da Rússia disse nesta segunda-feira que irá começar a conversar com Washington sobre uma retirada dos rebeldes de Aleppo nesta semana no momento em que forças da Síria apoiadas pelos russos lutam para tomar mais territórios dos insurgentes, empenhados em evitar uma grande derrota.
O ataque mais recente do Exército, que provocou lutas intensas nos arredores da Cidade Velha, pretende isolar outra área do controle rebelde no leste de Aleppo e apertar o cerco em bairros comandados pela oposição onde dezenas de milhares de pessoas estão retidas.
Os avanços das últimas semanas deixaram Damasco, apoiada militarmente pela Rússia, pelo Irã e pelo grupo libanês Hezbollah, mais perto de recapturar aquela que era a segunda maior cidade síria antes da guerra de quase seis anos e um prêmio há muito cobiçado por seu presidente, Bashar al-Assad. Atualmente os rebeldes estão reduzidos a uma área de alguns quilômetros de extensão.
Enquanto os aliados de Assad viraram o conflito a seu favor no último ano, Estados ocidentais e regionais que auxiliam os insurgentes vêm se mostrando indispostos ou incapazes de evitar uma grande derrota para grupos que lutam há anos para derrubar o líder sírio.
O chanceler russo, Sergei Lavrov, disse que as conversas com os Estados Unidos sobre o recuo dos rebeldes irá começar na manhã de terça ou quarta-feira em Genebra. Não houve comentário imediato de Washington, que vem apoiando alguns dos rebeldes.
(Por Ellen Francis, Suleiman Al-Khalidi e Maria Kiselyova)