MOSCOU (Reuters) - A Rússia criticou a União Europeia, nesta segunda-feira, por permitir a publicação de uma lista de autoridades europeias impedidas de entrar no país em consequência da disputa diplomática provocada pela crise na Ucrânia.
O chanceler russo, Sergei Lavrov, disse que Moscou, que montou a lista em resposta a uma proibição similar imposta a autoridades russas pela UE, entregou a lista à União Europeia "confidencialmente".
A UE afirma que as proibições de viagem não têm justificativa. Uma lista vista pela Reuters no fim de semana incluía os nomes de 89 líderes políticos e militares europeus.
"As sanções reversas que foram introduzias se aplicam a autoridades que têm sido as mais ativas no apoio ao golpe de Estado que levou ao início da perseguição e discriminação de russos na Ucrânia", disse Lavrov em entrevista coletiva, confirmando que a Rússia havia criado a lista.
Ele considerou "absurdas" as críticas do Ocidente sobre a medida adotada pela Rússia.
A Rússia nega acusações de que tem envolvimento militar direto no leste da Ucrânia e acusa o Ocidente de orquestrar protestos em Kiev que levaram à queda do presidente ucraniano apoiado por Moscou Viktor Yushchenko em fevereiro do ano passado.
(Reportagem de Gabriela Baczynska)