Por Anton Zverev
DONETSK, Ucrânia (Reuters) - Fontes políticas e militares nas regiões separatistas apoiadas pela Rússia no leste da Ucrânia afirmam que não vêem um risco iminente de uma guerra em grande escala, enquanto iniciativas ainda estão sendo discutidas para encontrar uma solução diplomática.
O conflito de longa data entre separatistas apoiados pela Rússia e o Exército da Ucrânia é parte de uma crise ainda mais profunda entre os dois países, enquanto a Rússia acumula mais de 100 mil soldados próximo à fronteira com a Ucrânia, provocando alertas dos EUA sobre um possível ataque dentro de dias ou semanas.
Andrei Purgin, um político local e ex-líder separatista, disse à Reuters que não espera mudanças significativas para as hostilidades, que atualmente acontecem em um nível reduzido, ao longo da linha de contato entre as duas partes, onde monitores internacionais mantém uma contagem de explosões e outras violações de cessar-fogo, e onde são registrados às vezes centenas de incidentes por dia.
Mas ele disse que espera que os próximos seis meses sejam "muito difíceis", prevendo uma grande mudança de uma maneira ou outra em um conflito que, segundo o governo da Ucrânia, já matou 15 mil pessoas desde 2014 na região de Donbass.
"Isso será ou uma paz final, ou haverá uma probabilidade muito alta de agravamentos muito sérios", disse.
Duas fontes de separatistas disseram à Reuters que eles não esperam uma grande intensificação militar pelo menos até a primavera. "O momento para a diplomacia ainda não passou", disse uma das fontes, que é próxima do comando separatista.
(Reportagem de Anton Zverev)