Por Robin Pomeroy
CANNES, França (Reuters) - A cineasta Sofia Coppola levou sua versão de "O Estranho que nós Amamos" para Cannes nesta quarta-feira, fazendo com que Colin Farrell passe pelas dores e prazeres que Clint Eastwood viveu no original de 1971.
Nicole Kidman interpreta a chefe de uma escola para jovens meninas presas dentro dos portões de uma mansão, enquanto a guerra civil norte-americana acontece do lado de fora. A chegada de Farrell, um soldado ferido, desperta desejos reprimidos.
"Na essência estão as lutas de poder entre o homem e a mulher... espero que em uma história interessante e suculenta", disse Coppola em entrevista coletiva após a exibição do longa no festival de cinema.
Anos após assistir ao filme de Eastwood, pelo diretor de "Perseguidor Implacável", Don Siegel, Coppola decidiu abandonar sua resistência com refilmagens.
"Realmente ficou na minha cabeça. A premissa era algo que eu nunca tinha visto. O filme original é do ponto de vista masculino, o ponto de vista do soldado sobre aquele mundo das mulheres e eu achei que seria interessante voltar e encontrar o livro e contar a mesma premissa do ponto de vista das personagens femininas".
"Colin, nosso homem símbolo, levou na esportiva ser nosso 'objeto'", disse sobre a única presença masculina significativa entre um forte elenco feminino que inclui Kirsten Dunst e Elle Fanning.
O filme recebeu aplausos animados em Cannes. As críticas iniciais foram positivas, embora alguns críticos tenham dito que faltou um pouco do impacto do longa original.