MOSCOU (Reuters) - O Spartak Moscou, atual campeão russo de futebol, foi acusado de racismo neste sábado por um tuíte que causou indignação na comunidade internacional de futebol, uma vez que a Rússia será sede da Copa do Mundo neste ano.
Em um breve vídeo publicado em sua conta do Twitter, o clube mostrou três jogadores negros, incluindo o atacante brasileiro Luiz Adriano, fazendo exercícios em um campo de treinamento em Dubai com a legenda: "Veja como os chocolates estão derretendo sob o sol".
A Rússia prometeu combater o racismo, uma vez que o país estará sob os holofotes do mundo inteiro na Copa do Mundo deste ano.
"O maior clube da Rússia tolerar e, em seguida, celebrar referências racistas deste tipo é errado", disse Piara Powar, chefe da rede Fare, uma organização europeia de combate à discriminação, em entrevista à BBC.
O Spartak não se pronunciou.
No entanto, em um tuíe subsequente na rede social do clube, o meio-campista brasileiro Fernando disse em mensagem de vídeo: "Não há racismo no Spartak. Somos uma família unida".
O Spartak Moscou já foi multado em várias ocasiões pelo comportamento racista de seus torcedores.
A Uefa, órgão máximo do futebol europeu, abriu recentemente processo disciplinar contra Leonid Mironov, jogador das divisões de base do Spartak que, no mês passado, insultou Rhian Brewster, do Liverpool, de forma racista.
A Copa do Mundo será realizada de 14 de junho a 15 de julho em 12 estádios localizados em 11 cidades russas, incluindo Moscou, São Petersburgo e Sochi.
(por Gabrielle Tétrault-Farber)