BANGCOC/KHON KAEN, Tailândia (Reuters) - Resultados preliminares de um referendo realizado neste domingo mostraram que os tailandeses votaram para aceitar uma Constituição da junta que preparará o país para eleições no próximo ano, mas que requer que governos eleitos no futuro governem sob regras militares.
Os resultados até agora mostram que a junta liderada pelo primeiro-ministro Prayuth Chan-ocha passou no seu primeiro grande teste de popularidade desde ter obtido o poder em 2014, por meio de um golpe.
Com 94 por cento das urnas apuradas, resultados da Comissão Eleitoral mostraram que 61,4 por cento do país votou pela Carta, contra 37,9 que se opuseram. Os resultados finais devem sair na quarta-feira.
"A diferença é grande o suficiente para que o resultado não mude", afirmou Somchai Srisutthiyakorn, presidente da comissão, depois de 90 por cento dos votos terem sido contabilizados.
A junta, conhecida formalmente como Conselho Nacional para a Paz e a Ordem (NCPO), proibiu o debate sobre a Constituição e campanhas antes da votação. As autoridades prenderam e acusaram dezenas de pessoas contrárias, inclusive políticos e estudantes ativistas.
A junta afirma que a Constituição foi feita para curar as feridas de mais de uma década de política dividida na Tailândia, que teria prejudicado o crescimento da economia e deixado muitos mortos em distúrbios civis. Mas críticos, entre eles os principais partidos políticos, dizem que a Carta pretende consagrar os militares na política por vários anos.
(Por Amy Sawitta Lefevre e Pairat Temphairojana)