MARRAKECH, Marrocos (Reuters) - Temores de que o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, possa se retirar do Acordo de Paris de 2015 que trata do limite ao aquecimento global levaram quase 200 países em negociações sobre o clima em Marrocos nesta quinta-feira a declarar o acordo um “dever urgente”, segundo eles.
Trump chamou de farsa o aquecimento global causado pelo homem e disse que sairia do Acordo de Paris, que busca cortar as emissões dos gases do efeito estufa para zero neste século.
Em comunicado, os ministros na reunião afirmaram que o impulso de deixar os combustíveis fósseis e adotar energia mais limpa era “irreversível”.
"Nós pedimos o mais elevado compromisso político para combater as mudanças climáticas, um assunto de prioridade urgente”, disseram eles na declaração acordada no encontro.
"O nosso clima está aquecendo num ritmo alarmante e sem precedentes, e nós temos um dever urgente de dar uma resposta”, disse o documento. Os delegados aplaudiram e ovacionaram de pé após a leitura.
No documento, os países ricos reafirmam o objetivo de reunir 100 bilhões de dólares, de fontes públicas e privadas, até 2020, para ajudar os países em desenvolvimento.
(Reportagem de Alister Doyle e Nina Chestney)