WASHINGTON (Reuters) - O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, provavelmente pedirá para um executivo sênior do banco Goldman Sachs que coordene a política econômica de toda a administração, recorrendo novamente a Wall Street em busca de experiência para a gestão da maior economia do mundo, disse uma autoridade de transição nesta sexta-feira.
A escolha por Trump do presidente do Goldman, Gary Cohn, de 56 anos, para dirigir o Conselho Econômico Nacional da Casa Branca (NEC, na sigla em inglês) deve ocorrer apesar das críticas passadas de Trump sobre o poder do setor financeiro.
Trump criticou o Goldman e seu presidente-executivo, Lloyd Blankfein, durante a campanha presidencial, publicando um anúncio de TV que classificou Blankfein como parte de uma "estrutura de poder global" que roubava a classe trabalhadora de América.
A mensagem anti-Goldman irritou parte de Wall Street, apesar de vários integrantes do banco terem papéis importantes na campanha de Trump e destinados a altos postos de administração.
O NEC coordena a política econômica entre agências e tem um papel-chave para a promessa de Trump de impulsionar a economia após anos de morno crescimento.
Cohn, que também é vice-presidente sênior de operações do Goldman, é um dos mais respeitados executivos de Wall Street e deve seguir os ex-executivos do Goldman Robert Rubin e Stephen Friedman no comando do NEC.
(Reportagem de Steve Holland)