Por Doina Chiacu
WASHINGTON (Reuters) - O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, usou sua conta de Twitter nesta quarta-feira para refutar reportagens sobre problemas em sua equipe de transição, criticando em especial o jornal New York Times por dizer que líderes de todo o mundo têm tido dificuldades para contatá-lo.
Trump, cujo uso agressivo do Twitter contra rivais foi um elemento-chave de sua campanha presidencial, tuitou uma lista de diversos líderes mundiais com os quais conversou desde sua vitória surpreendente na eleição presidencial de 8 de novembro.
"Recebi e aceitei ligações de muitos líderes estrangeiros, apesar do que o equivocado @nytimes disse. Rússia, Reino Unido, China, Arábia Saudita, Japão", disse o republicano e magnata do setor imobiliário em uma postagem matutina na rede social.
"Austrália, Nova Zelândia e mais. Estou sempre disponível para eles. O @nytimes só está aborrecido por terem parecido tolos na cobertura a meu respeito", continuou Trump.
Ele se concentrou no New York Times, seu alvo frequente no Twitter, porque o diário afirmou que os aliados dos EUA estão "correndo para descobrir como e quando contatar o senhor Trump".
"A reportagem equivocada do @nytimes está totalmente errada a respeito da transição", tuitou. "Está correndo muito tranquilamente. Além disso, conversei com muitos líderes estrangeiros."
Na noite de terça-feira, Trump defendeu sua equipe de transição em meio a reportagens segundo as quais o time está desordenado, atrasado e assolado por disputas internas.
"Processo muito organizado acontecendo enquanto decido o gabinete e muitas outras posições", escreveu Trump no Twitter. "Sou o único que sabe quem são os finalistas!"
Durante sua campanha, o presidente eleito atacou reportagens da mídia que achou desfavoráveis e visou o New York Times com frequência, referindo-se à publicação como "equivocada" ao mesmo tempo em que concedia entrevistas regulares a seus repórteres.
Nesta quarta-feira, o New York Times noticiou que os presidentes do Egito e de Israel conseguiram contatar Trump rapidamente, mas que a primeira-ministra britânica, Theresa May, teve que esperar 24 horas até conseguir fazê-lo.
Na semana passada ele falou com o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, que na quinta-feira será o primeiro líder estrangeiro que Trump irá encontrar como presidente eleito.