ANCARA (Reuters) - Um assessor graduado do presidente turco, Tayyip Erdogan, disse a uma autoridade norte-americana que a Turquia quer "passos concretos" sobre a existência do que chama de "organizações terroristas" na Finlândia e na Suécia antes de considerar suas candidaturas à Otan, informou a Presidência turca.
O conselheiro de segurança nacional dos EUA, Jake Sullivan, e Ibrahim Kalin, principal assessor de política externa de Erdogan, conversaram nesta segunda-feira para discutir as candidaturas de Finlândia e Suécia à Otan e a guerra na Ucrânia, disse a Presidência da Turquia em comunicado.
A Turquia se opôs à adesão dos dois países à aliança de defesa ocidental, alegando que ambos abrigam pessoas ligadas ao grupo militante Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) e a outros grupos que Ancara considera terroristas, e porque a Finlândia e a Suécia interromperam as exportações de armas para a Turquia em 2019.
Segundo comunicado da Presidência turca, Kalin disse a Sullivan por telefone que os países que desejam se juntar à Otan precisam "internalizar os valores e princípios da aliança sobre segurança e contraterrorismo".
"Enfatizou-se que é imperativo que Suécia e Finlândia tomem passos concretos em relação às organizações terroristas que ameaçam a segurança nacional da Turquia", acrescentou.
A Suécia e a Finlândia disseram que condenam o terrorismo e estão abertas ao diálogo. Todos os 30 membros da Otan têm que aprovar planos para a ampliação da aliança.
(Reportagem de Orhan Coskun e Tuvan Gumrukcu)