KIEV (Reuters) - A Ucrânia planeja gastar cinco por cento de seu orçamento, cerca de 5,5 bilhões de dólares, em seu exército e na aplicação da lei em 2015 para reintrodução do serviço militar obrigatório, disse um alto oficial da Segurança neste sábado.
Movimentos separatistas pró-Rússia eclodiram no leste da Ucrânia em abril, matando mais de 4.700 pessoas. Enquanto a violência tem diminuído nas últimas semanas, Kiev declarou que precisa ampliar sua força militar para combater quaisquer ameaças futuras no leste do país.
"Vitória é a única opção", afirmou Oleksander Turchynov, secretário de Segurança Nacional e do Conselho de Defesa, durante reunião com oficiais de segurança.
Não é sabido quanto a Ucrânia gastou em defesa e segurança neste ano, mas Turchynov disse que os planos para 2015 representam um aumento "colossal".
Ele disse que os ucranianos entre 20 e 27 anos de idade seriam chamados para prestar serviço militar de 18 meses. O presidente Petro Poroshenko enfatizou anteriormente que esses recrutas não teriam de servir na frente de batalha.
A revolta dos separatistas, que se opõem ao governo central comando por Kiev e pregam a união com a Rússia, começou um mês depois que a Rússia anexou a Crimeia ao seu território, em março.
As autoridades pró-ocidente em Kiev acusam a Rússia de orquestrar o levante no leste depois da deposição de um presidente simpático a Moscou. O Kremlin nega que esteja por trás da revolta.
(Reportagem de Pavel Polityuk)