Por Robin Emmott
BRUXELAS (Reuters) - A União Europeia (UE) vai manter as sanções contra a Rússia até que Moscou retire o seu apoio à revolta separatista na Ucrânia, disseram ministros do Exterior nesta segunda-feira, ao mesmo tempo que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, promete relações melhores com o Kremlin.
A UE parece determinada a manter uma frente unida em relação a objetivos de política externa que vão de encontro a Trump em muitos temas, incluindo Irã, China e o papel da Otan.
"Não há razão para o alívio das sanções”, disse o ministro do Exterior do Reino Unido, Boris Johnson, durante reunião do conselho de política externa da UE, em referência às medidas implementadas com os EUA em 2014 contra os setores energético, financeiro e de defesa russos.
A UE, embora dependente do petróleo e do gás da Rússia, diz que não vai reconhecer nunca a anexação da Crimeia por Moscou e que espera que o Kremlin cumpra o acordo de paz de Minsk em relação ao leste ucraniano.
"Eu não posso dizer como se posiciona o governo dos EUA sobre isso, mas eu posso dizer como se posicionam os europeus sobre isso”, afirmou Federica Mogherini, responsável por política externa na UE, ressaltando que ela discutiria Ucrânia, além do conflito na Síria, com representantes da Casa Branca em Washington no fim da semana.