BEIRUTE (Reuters) - O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) informou nesta terça-feira que prestou ajuda às famílias expulsas de um acampamento de refugiados palestinos, fora da capital síria, e levadas para áreas em que a Unicef não teve acesso por dois anos.
Militantes do Estado Islâmico tomaram grandes partes do acampamento devastado de Yarmouk, nos arredores ao sul de Damasco, no mês passado e entraram em confronto com outros grupos armados, colocando mais de 18 mil moradores palestinos e sírios em risco crescente.
A Unicef divulgou que enviou conjuntos de fraldas para crianças, pacotes de ajuda para recém-nascidos, remédios e roupas infantis nesta semana para áreas próximas ao acampamento, onde estima-se que cerca de 2.500 famílias tenham ido, aumentando a população local para mais de 50 mil habitantes.
A organização não conseguiu chegar nas áreas antes porque não obteve permissão do governo sírio, disse a porta-voz da Unicef Juliette Touma. "Este é um avanço, mas precisamos de muito mais", disse.
A cidade de Yarmouk já estava em cenário de guerra civil antes do Estado Islâmico atacar, sendo reduzida à destroços por conta de confrontos nas ruas, ataques aéreos e bombardeios.
Trabalhadores humanitários dizem que a violência e a falta de cooperação dos lados na crise interromperam o acesso às pessoas necessitadas dentro da Síria, onde o conflito já matou mais de 220 mil pessoas e deslocou milhões desde 2011.
(Reportagem de Sylvia Westall)