ROMA (Reuters) - A operação da União Europeia que combate o contrabando e o tráfico de pessoas negou nesta sexta-feira que devolveu qualquer barco de imigrantes à Líbia depois que o ministro das Relações Exteriores do Reino Unido disse que a unidade fez isso com mais de 200 embarcações.
Depois de se reunir com seu homólogo italiano, Paolo Gentiloni, em Florença na quinta-feira, o chanceler britânico, Boris Johnson, disse que a missão da UE deveria forçar a volta dos barcos de imigrantes como medida dissuasiva e que a operação "salvou 200 mil imigrantes e devolveu 240 barcos".
O porta-voz da missão Sophia da UE disse que nenhum barco foi mandado de volta. "Nós nos desfizemos de barcos depois de resgatar imigrantes", afirmou Antonello De Renzis Sonnino, sugerindo que pode ter havido alguma confusão.
A Sophia tem como missão "interromper o modelo de negócios dos traficantes de pessoas e dos contrabandistas", de acordo com seu site, mas seus navios também fizeram milhares de resgates.
A missão só atua em águas internacionais, já que o governo líbio não permitiu que ela o fizesse em sua costa, algo que pode tornar possível devolver barcos.
As embarcações da UE já retiraram quase 26 mil imigrantes de barcos superlotados, quase 300 dos quais foram subsequentemente destruídos para que não pudessem ser usados novamente e para que não representassem um risco para outras embarcações.
(Por Steve Scherer)