O regime de Nicolás Maduro cortou água potável e energia elétrica e bloqueou entrada de alimentos na Embaixada da Argentina em Caracas, disse a oposição venezuelana nesta 5ª feira (28.nov.2024). O imóvel está sob custódia do Brasil desde julho e abriga 6 opositores do governo venezuelano.
As forças de segurança venezuelanas mantêm cerco ao prédio desde setembro. O Brasil assumiu a custódia da embaixada em julho, após Maduro expulsar os diplomatas argentinos.
O candidato opositor nas eleições presidenciais da Venezuela, Edmundo González, que está exilado na Espanha, denunciou as ações do regime. “Essas ações não só violam os direitos fundamentais, como também acordos internacionais. Exigimos respeito à humanidade e ao direito internacional”, afirmou. Em julho, as autoridades eleitorais venezuelanas — alinhadas ao regime — declararam González como 2º colocado nas eleições, resultado contestado pela oposição com base em dados das urnas de votação.
A Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas, de 1961, estabelece que missões diplomáticas são invioláveis. A entrada de agentes estatais nesses locais depende de autorização do chefe da missão estrangeira — neste caso, do Brasil.