CIDADE DO VATICANO (Reuters) - Oponentes do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, incluindo a mulher e a mãe de um líder dissidente preso, iniciaram um protesto do lado de fora do Vaticano para exigir que o governo liberte prisioneiros políticos.
A prisão de Leopoldo López, se tornou um grande tema para simpatizantes da oposição, que acusam Maduro de passar por cima dos direitos humanos. O governo dos Estados Unidos, as Nações Unidas e grupos internacionais de direitos civis já pediram a libertação de López.
A sua mulher, mãe e alguns apoiadores venezuelanos e italianos iniciaram o protesto na Praça São Pedro no domingo colocando correntes ao redor deles mesmos.
Eles depois se moveram alguns metros para uma área coberta onde pessoas sem teto costumam dormir e disseram que vão permanecer ali indefinidamente.
"Estamos aqui pelos 108 prisioneiros políticos que estão presos de forma injusta na Venezuela. Eles devem ser libertados”, afirmou Lilian Tintore, mulher de López, à TV Reuters.
Nesta terça à noite, o grupo se protegia com cobertores e comeu pizza e massa trazidas por simpatizantes.
"Nós pedimos ao Vaticano, como um representante internacional, para exigir que o governo de Nicolás Maduro respeite acordos internacionais e liberte o meu marido”, declarou ela.
Representantes do Vaticano na Venezuela têm participado de negociações entre oposição e governo, mas o diálogo está paralisado.
López foi condenado a 14 anos de prisão pelo seu papel nos protestos contra o governo há dois anos. Ele estava à frente das manifestações pela renúncia de Maduro. Durante os protestos, 43 pessoas morreram.
López havia feito um chamado público por uma resistência pacífica ao governo de Maduro e estava preso durante a maior parte dos distúrbios.
(Reportagem de Philip Pullella)