(Reuters) - A Arábia Saudita, que barrou a ida de cidadãos da Serra Leoa, Libéria e Guiné à peregrinação do haj, por temer a entrada no país de pessoas contaminadas pelo Ebola, permitirá a entrada de nigerianos, disse um alto funcionário saudita nesta segunda-feira, sugerindo que a menor intensidade do surto na Nigéria causa menos preocupação.
Guiné, Libéria e Serra Leoa são os países mais afetados pelo surto da doença na África Ocidental, com um total de 2097 mortos desde o último balanço da Organização Mundial da Saúde (OMS), no dia 5.
Oito pessoas morreram na Nigéria, de um total de 23 casos registrados, e houve um caso confirmado no Senegal. Não há vacinas aprovadas conta o Ebola ou tratamentos eficazes para a doença.
A Arábia Saudita anunciou em abril que não iria emitir vistos para o haj em 2014 aos peregrinos provenientes da Serra Leoa, Libéria e Guiné, devido ao surto de Ebola nesses países.
Milhões de pessoas de todo o mundo vão a Meca a cada ano para a peregrinação do haj, que todos os muçulmanos devem realizar pelo menos uma vez na vida, se tiverem condições. Este ano será em outubro.
Segundo a agência Arab News, o vice-ministro da saúde para o planejamento e desenvolvimento, Mohammed Al-Khasheem, disse que não havia necessidade de se preocupar com os nigerianos que vem à peregrinação e acrescentou que o país vem adotando medidas preventivas, em coordenação com a Organização Mundial da Saúde.
(Reportagem de William Maclean)