KINSHASA (Reuters) - Ao menos 17 pessoas, incluindo três policiais, foram mortas quando a polícia do Congo e manifestantes antigoverno se confrontaram na capital Kinshasa nesta segunda-feira durante uma passeata contra o presidente congolês, Joseph Kabila, e o que os ativistas veem como uma tentativa do líder de ampliar seu mandato.
O protesto, ao qual milhares de pessoas compareceram, aconteceu em um momento de pressão local e internacional crescente para que Kabila deixe o cargo quando seu tempo de governo terminar legalmente no final de dezembro.
A oposição o acusa de tramar para prorrogar sua permanência no poder adiando as eleições que deveriam acontecer em novembro pelo menos até o ano que vem, o que seus apoiadores negam.
"Oficialmente, temos 17 mortos em Kinshasa: três policiais e 14 civis", disse o porta-voz do Ministério do Interior, Claude Pero Luwara.
Mais cedo, uma testemunha da Reuters viu uma multidão incendiando o corpo de um policial em Limete, subúrbio de Kinshasa, um aparente ato de retaliação por disparos da polícia.
Pessoas revoltadas rasgavam fotos de Kabila, entoando em francês "acabou para você" e "não o queremos".
(Por Kenny Katombe e Amedee Mwarabu)