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Por Max Hunder
KIEV (Reuters) - O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, descreveu sua reunião com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na semana passada como um sucesso que rendeu progresso na aquisição de novos sistemas de defesa aérea, um contraste com os relatos de que Trump o repreendeu com obscenidades na Casa Branca.
Em comentários feitos à mídia no domingo, inicialmente em off, mas autorizados para publicação nesta segunda-feira, o líder ucraniano descreveu a mensagem de Trump nesta reunião, que terminou com Trump pedindo um cessar-fogo, como "positiva".
Como resultado da visita de Zelenskiy a Washington, a Ucrânia estava agora preparando um contrato para comprar 25 sistemas de defesa aérea Patriot, um grande impulso para suas defesas contra ataques de mísseis russos, disse Zelenskiy.
As declarações do presidente ucraniano foram feitas antes de a Reuters e outras organizações de notícias informarem que Trump havia pressionado Zelenskiy a ceder território durante o encontro, que fontes descreveram como mais tenso do que o inicialmente divulgado.
"Depois de muitas rodadas de discussão ao longo de mais de duas horas com (Trump) e sua equipe, sua mensagem, a meu ver, é positiva: que permanecemos onde estamos na linha de frente", disse Zelenskiy.
A Ucrânia e seus aliados há muito tempo pedem um cessar-fogo imediato com as tropas no local, enquanto Moscou exige que a Ucrânia ceda mais território antes de interromper os combates.
Zelenskiy não especificou o quão perto a Ucrânia chegou de assinar o contrato para os 25 Patriots, mas ele disse que uma grande parte do tempo em sua viagem foi gasto discutindo a questão, inclusive diretamente com Trump.
Zelenskiy não alcançou seu objetivo declarado de persuadir Washington a fornecer à Ucrânia mísseis de cruzeiro Tomahawk para ataques de longo alcance dentro da Rússia. Zelenskiy disse acreditar que isso ocorreu porque Trump não queria tomar medidas que pudessem irritar o presidente da Rússia, Vladimir Putin, pouco antes de um plano para encontrar o presidente russo em uma cúpula.
Zelenskiy passou meio ano reconstruindo seu relacionamento com Trump desde uma reunião desastrosa em fevereiro, na qual Trump e o vice-presidente dos EUA, JD Vance, repreenderam o líder ucraniano diante das câmeras no Salão Oval da Casa Branca.
Zelenskiy voltou à Casa Branca na sexta-feira para se encontrar com Trump, um dia depois de Trump ter falado por telefone com Putin.
Três fontes descreveram a reunião de Trump com Zelenskiy como tensa, com Trump usando palavrões repetidamente.
"Foi muito ruim", disse uma das fontes sobre a reunião. "A mensagem foi: ’Seu país ficará congelado e será destruído’" se a Ucrânia não fizer um acordo com a Rússia.
Essa foi a mais recente mudança aparente de posição de Trump, que havia dito durante meses que a Ucrânia deveria abrir mão do território para fazer a paz, apenas para descrever a Rússia no mês passado como um "tigre de papel" e dizer que a Ucrânia poderia potencialmente recuperar todas as suas terras.
Trump e Putin planejam se reunir em Budapeste, capital da Hungria, membro da aliança militar ocidental Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e da União Europeia que manteve relações calorosas com Moscou durante a guerra na Ucrânia.
Zelenskiy criticou a escolha do local, sugerindo que a política interna da Hungria teve um papel importante na escolha: "Estamos falando de paz na Ucrânia, não de eleições na Hungria". No entanto, ele disse que estaria disposto a participar de conversações no local se fosse convidado.
(Reportagem de Max Hunder)