🤑 Não fica mais barato. Garanta a promoção com 60% de desconto na Black Friday antes que desapareça...GARANTA JÁ SUA OFERTA

Os Caminhos do Copom

Publicado 01.08.2022, 15:56
Atualizado 09.07.2023, 07:32
EUR/BRL
-
USD/BRL
-
BR9MT=XX
-
BR1YT=XX
-
BR2YT=XX
-
BR3YT=XX
-
BR5YT=XX
-
BR8YT=XX
-
BR10YT=XX
-
BR3MT=XX
-
BR6MT=XX
-

Chegamos ao final de julho com sinais animadores de inflação no curtíssimo prazo. Dois cortes consecutivos de preços de gasolina da Petrobras (BVMF:PETR4), junto à redução de ICMS, PIS e COFINS, trazem altíssima probabilidade de observarmos leituras negativas do IPCA tanto em julho como em agosto. Por si só, esses fatores deveriam trazer alívio para a autoridade monetária, pois teoricamente reduziriam o repasse da inflação no ano que vem. No entanto, outros fatores pesam sobre os determinantes da inflação no médio prazo, o que sugere que a reunião do Copom do começo de agosto (que termina no dia 03/08) trará a principal novidade quanto à possibilidade de novas altas para além dos 50 pontos base já previstos (i.e., levando a Selic para 13,75%).

LEIA MAIS: Os Olhares dos Investidores Para a Decisão da Taxa Selic

Nossas projeções de inflação apontam alta probabilidade de a inflação encerrar 2022 em 7,5%, enquanto o IPCA de 2023 deverá ficar em 5,5%. Isso ocorre mesmo para o caso de a autoridade monetária sustentar os juros em 13,75% durante todo o ano que vem.

Temos de considerar alguns fatores que contribuem para essa lenta desaceleração da inflação. Primeiramente, temos de lembrar que o impacto da política monetária sobre a inflação é gradual. De acordo com algumas estimativas, estamos falando de uma defasagem entre três e seis trimestres. Ou seja, o movimento de juros agora na virada do semestre impactará a inflação somente no final do segundo trimestre do ano que vem.

Outro fator relevante a ser ponderado é que a inflação está desacelerando agora entre itens administrados. Ou seja, são preços que não reagem à política monetária. Ao mesmo tempo, temos projeção de que vários desses itens, com preços represados, precisarão passar por reajustes no ano que vem, o que contribuirá para uma inflação mais pressionada em 2023.

Ademais, a economia apresenta um desempenho bastante forte até agora no ano, o que sugere que a inflação de serviços (mais cíclica) deverá acelerar nos próximos meses. Essa abertura de inflação é justamente a mais inercial também, o que leva a crer que haverá uma memória grande dela no ano que vem, mesmo que a atividade desacelere.

Finalmente, dúvidas em relação à trajetória das contas públicas e estímulos governamentais permanecem perenes no noticiário e em nosso cenário prospectivo. Por mais que o resultado do governo esteja surpreendendo muito positivamente este ano, há de se levar em consideração que grande parte destes ganhos tem característica mais cíclica do que estrutural. Assim, aumenta a probabilidade de que, na medida em que o ciclo global desacelere, sejamos novamente confrontados com a realidade de um setor público que não eleva de forma estrutural sua poupança.

Apesar desses fatores, acreditamos que o Banco Central opte por encerrar o ciclo de altas da Selic em 13,75%, ainda que isso não seja comunicado explicitamente nesta reunião de agosto. A perspectiva de alívio no preço de commodities globais, um ciclo de juros menor nos EUA, a melhor percepção das contas públicas e a perspectiva de que a inflação de 2024 possa ficar abaixo da meta devem contribuir para esse movimento do Copom.

Últimos comentários

Carregando o próximo artigo...
Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.