Os preços do café robusta registraram ligeiras altas nos últimos dias, refletindo a forte retração vendedora – produtores estão afastados do mercado, com foco em entregas já programadas. No balanço da semana, porém, as cotações caíram, devido ao recuo comprador. Nessa terça-feira, 11, o Indicador CEPEA/ESALQ do robusta tipo 6 peneira 13 acima, a retirar no Espírito Santo, fechou a R$ 406,83/saca de 60 kg, baixa de 2% em relação à terça anterior, 4. Quanto ao arábica, as negociações seguem em ritmo lento, também devido à menor presença de vendedores no mercado. Segundo colaboradores do Cepea, produtores têm preferido separar os melhores grãos para entregas programadas e o cumprimento de contratos. Na terça-feira, 11, o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 bebida dura para melhor, posto em São Paulo, fechou a R$ 442,86/saca de 60 kg, queda de 0,6% em relação ao dia 4.
ARROZ: DEMANDA ENFRAQUECIDA PRESSIONA VALORES DO CASCA
Com indústrias recuadas e orizicultores mais presentes no mercado spot, o preço da saca do arroz em casca caiu nos últimos dias – depois de acumular alta de 2,88% em junho/17. Segundo colaboradores do Cepea, boa parte das indústrias tem demonstrado baixo interesse de compra, trabalhando apenas com lotes já adquiridos. Do lado vendedor, os produtores com necessidade de “fazer caixa” estão ativos na venda de casca, com o objetivo de cumprir com pagamentos de safra. De 4 a 11 de julho, o Indicador ESALQ/SENAR-RS, 58% grãos inteiros, registrou queda de 0,17%, fechando a R$ 40,27/sc de 50 kg, no dia 11.
ALGODÃO: COTAÇÃO CAI PARA MENOR O PATAMAR DESDE NOV/16
Com as intenções de venda maiores que as de compra, os valores do algodão em pluma recuaram com força nos últimos dias. Conforme colaboradores do Cepea, vendedores estão ativos e flexíveis quanto aos preços pedidos, disponibilizando produto de diversas regiões. Compradores, no entanto, estão retraídos, aguardando o avanço da colheita nos próximos dias e ofertando valores inferiores aos pedidos por vendedores, reflexo da baixa qualidade apresentada pelos primeiros lotes da safra 2016/17, conforme colaboradores do Cepea. Indústrias, por sua vez, demonstram interesse apenas em repor seus estoques. Entre 4 e 11 de julho, o Indicador CEPEA/ESALQ com pagamento em 8 dias recuou 2,71%, fechando a R$ 2,5733/lp nessa terça-feira, 11 – o menor valor nominal desde 23 de novembro/16. Na parcial do mês (até o dia 11), a baixa é de 3,29%.
CEBOLA: COM MENOR VOLUME DISPONÍVEL, VALORES DISPARAM
Os preços da cebola subiram expressivamente em todas as regiões produtoras do Brasil, refletindo a redução do volume nacional, principalmente no Nordeste, que está em período entressafra. Além disso, a maioria das áreas produtoras de cebola teve redução de área nesta temporada, diminuindo significativamente o volume disponível. Desse modo, as regiões do Cerrado e São Paulo se tornaram as principais fornecedoras de cebola para o mercado doméstico no momento. Entre 3 e 7 de julho, as cotações da cebola em Irecê (BA) dobraram em relação à semana anterior, com o bulbo comercializado a R$ 1,50/kg. Em Minas Gerais, os preços se elevaram expressivos 73,7% na mesma comparação, fechando a R$ 33,00/sc de 20 kg da caixa 3 beneficiada.