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Café: Queda Externa, Recuo do Dólar e Colheita Pressionam Valores no BR

Publicado 08.08.2018, 11:35
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As cotações internas do arábica e do robusta registraram queda acentuada nos últimos dias, pressionadas pelas recentes baixas externas de ambas as variedades, pela desvalorização do dólar e pelo andamento da colheita no Brasil. Segundo colaboradores do Cepea, ainda que os trabalhos tenham sido prejudicados pelas chuvas nos últimos dias, maiores volumes de café têm chegado ao mercado, reforçando a pressão sobre os valores. Para o arábica, o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 bebida dura para melhor, posto em São Paulo, fechou a R$ 422,75/saca de 60 kg nessa terça-feira, 7, queda de 1,7% frente à terça anterior, 31. Em relação ao robusta, o Indicador CEPEA/ESALQ do robusta tipo 6 peneira 13 acima fechou a R$ 317,36/saca de 60 kg, recuo de 0,6% na mesma comparação. Quanto às negociações, com as recentes desvalorizações, o mercado tem se mantido calmo, especialmente para o robusta. Segundo agentes, grande parte dos produtores dessa variedade fechou um bom volume de negócios nos últimos meses e deve aguardar preços mais elevados para voltar a negociar no físico. Para o arábica, alguns negócios foram fechados nos últimos dias, devido à necessidade de caixa de alguns produtores; porém, a expectativa também é de que sigam mais calmos nas próximas semanas, com produtores da variedade concentrados nas entregas de negócios futuros.

ARROZ: INDÚSTRIA ATIVA E PRODUTOR RETRAÍDO MANTÊM PREÇO DO CASCA EM ALTA

Apesar de cautelosas, por conta do fraco desempenho das vendas de arroz beneficiado aos grandes centros, indústrias estiveram mais ativas do que vendedores no mercado de arroz em casca nos últimos dias. Do lado vendedor, segundo colaboradores do Cepea, boa parte dos orizicultores segue retraída, na expectativa de valorizações nas próximas semanas e, assim, disponibilizando lotes apenas quando há necessidade de caixa. Além disso, alguns produtores têm negociado outras commodities, como gado e soja. O aumento dos preços dos insumos para a nova temporada, especialmente do adubo, tem contribuído para a posição recuada de orizicultores. Nesse cenário, o Indicador do arroz em casca ESALQ/SENAR-RS, 58% de grãos inteiros, registrou alta de 1,2% entre 31 de julho e 7 de agosto, fechando a R$ 43,88/sc de 50 kg nessa terça-feira, 7.

ALGODÃO: COM AVANÇO DA COLHEITA E VENDEDOR FLEXÍVEL, VALORES SEGUEM RECUANDO

Os valores internos do algodão em pluma seguem em queda, influenciados pelo avanço da colheita da safra 2017/18 e, principalmente, pela maior flexibilidade de vendedores. Após acumular queda de 7,57% em julho, o Indicador do algodão em pluma CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, recuou 0,9% entre 31 de julho e 7 de agosto, fechando a R$ 3,3005/lp nessa terça-feira, 7. Segundo colaboradores do Cepea, indústrias e comerciantes estão cautelosos quanto a novas aquisições de pluma, na expectativa de preços menores com o aumento da oferta da safra 2017/18 nas próximas semanas. Por isso, esses compradores adquirem apenas pequenos volumes para entregas rápidas. Já vendedores estão mais flexíveis quanto aos valores pedidos, especialmente para lotes com características, como micronaire e fibra. Cotonicultores, por sua vez, estão voltados à colheita e ao beneficiamento da nova temporada, atentos também ao clima nesta fase final das lavouras. Outros agentes estão retraídos no spot, realizando entregas de contratos firmados anteriormente.

MAMÃO: PREÇO DO HAVAÍ DISPARA NAS REGIÕES PRODUTORAS

A oferta de mamão havaí, que estava elevada em julho, diminuiu significativamente neste início de agosto no Norte do Espírito Santo e Sul da Bahia. Conforme colaboradores do Hortifruti/Cepea, esse cenário está atrelado às baixas temperaturas e ao aumento da demanda, devido ao fim das férias escolares. Assim, com a menor disponibilidade e a maior procura pela variedade, as cotações subiram com força. Entre 30 de julho e 3 de agosto, o preço médio do mamão havaí foi de R$ 1,03/kg no Sul da Bahia, 133% maior que o da semana anterior. Vale ressaltar que os valores mais baixos praticados nas semanas anteriores também estimularam as vendas, inclusive para outras regiões produtoras onde a oferta está bastante reduzida.

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