Os valores do boi gordo têm oscilado com certa força neste início de outubro. Segundo pesquisadores do Cepea, observa-se forte dispersão entre os preços mínimos e máximos levantados, o que está atrelado às diferentes condições dos negócios. Enquanto alguns frigoríficos consultados pelo Cepea estão mais retraídos das aquisições, devido às escalas já preenchidas, outros, com mais necessidade, têm dificuldade de comprar novos lotes. Pecuaristas, por sua vez, também estão resistentes em negociar nos preços mais baixos. Nesse cenário, no acumulado parcial de outubro (até o dia 10), o Indicador ESALQ/BM&FBovespa do boi gordo acumula baixa de 2,4%, fechando a R$ 148,05 nessa quarta-feira, 10.
FRANGO: PREÇOS REGISTRAM ALTA NO ATACADO PAULISTA
Os preços do frango congelado estão em alta no atacado da Grande São Paulo, de acordo com levantamento do Cepea. A proximidade com o feriado desta sexta-feira, 12 (Dia de Nossa Senhora Aparecida), fez com que diversos agentes antecipassem os negócios da proteína, o que contribuiu para a elevação dos preços. Além disso, a oferta mais restrita de animais para abate e a demanda aquecida nos mercados interno e externo têm resultado nesse cenário. Quanto às exportações, na primeira semana de outubro, os embarques de carne de frango in natura mantiveram o ritmo observado ao longo de setembro, segundo o relatório parcial da Secex. Nos cinco primeiros dias úteis do mês, foram embarcadas 87,7 mil toneladas da proteína, com média diária de 17,5 mil t, 0,6% menor que a de setembro; porém, com elevação de 9,8% frente a outubro/17.
SUÍNO: MENOR OFERTA PARA ABATE MANTÉM PREÇOS ESTÁVEIS NA MAIOR PARTE DAS REGIÕES
Na maior parte das regiões acompanhas pelo Cepea, os preços do suíno vivo se mantiveram praticamente estáveis no mercado independente na última semana. De acordo com agentes do setor, a menor oferta de animais para abate tem garantido a sustentação das cotações. Na região SP-5 (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba), o suíno vivo foi negociado a R$ 3,82/kg na quarta, 10, avanço de 0,4% em relação à quarta anterior, 3. No Oeste Catarinense (SC), por sua vez, o animal se valorizou ligeiro 0,1% no mesmo período, comercializado a R$ 3,48/kg. A expectativa é que os preços se mantenham firmes nos próximos meses, reflexo do bom desempenho das exportações e do típico aquecimento da demanda em período de final de ano.
CENOURA: DISPONIBILIDADE ELEVADA NO INÍCIO DE OUTUBRO PRESSIONA COTAÇÃO
Com as sobras registradas na última semana de setembro, a disponibilidade de cenouras “sujas” no mercado se elevou de 1º a 5 de outubro, cenário que baixou os preços em São Gotardo (MG). Além disso, a produtividade está bastante elevada nesta região. O rendimento das variedades de inverno alcançou média de 101 t/ha, segundo colaboradores do Cepea. A qualidade também é satisfatória, e há maior incidência de cenouras do tipo “AAA” – padrão de mercado. Assim, a caixa de 29 kg de cenoura “suja” foi comercializada a R$ 17,14 entre 1º e 5 de outubro, queda de 12,8% frente à semana anterior. Quanto ao plantio da safra de verão 2018/19, o semeio, que teve início na segunda quinzena de setembro, segue em bom ritmo. Porém, com a lavoura prejudicada pela chuva de granizo no final do mês passado, alguns produtores mineiros tiveram que replantar a área.