E se eu te dissesse que tem uma forma de você conseguir mais taxa no seu CDB do que a taxa paga pelo próprio banco? E que para você aproveitar essas oportunidades, tudo o que você precisa ter é tempo?
Eu já vou te contar como conseguir isso.
Mas antes, uma breve introdução à evolução dos investimentos em CDB no Brasil, apenas para termos certeza de que estamos todos na mesma página.
Os maravilhosos CDBs do gerente do banco
Se você está acostumado a investir em CDBs via um bancão do varejo, deve achar que o normal da vida é esse produto render 80 por cento do CDI.
Esses bancos possuem tantos recursos e fazem tantos outros serviços para os clientes que acabam conseguindo captar esse dinheiro a taxas baixíssimas. Muitas vezes, quando você investe quantias nesses péssimos CDBs, eles te isentam de taxas na sua conta... e isso acaba sendo um estímulo para deixar o dinheiro lá.
Claro que você está pagando, com os retornos baixos, muito mais caro do que seria o valor da taxa da conta. Mas quem liga pra esses detalhes, não é mesmo? Adoramos a palavra grátis!
Quem me acompanha há mais tempo sabe da rixa que eu tenho com esses CDBs.
Quando vale a pena investir em CDBs que pagam menos de 100 por cento do CDI?
Resposta: NUNCA!!!!
O Tesouro Direto te permite investir em Tesouro Selic, que paga 100 por cento da Selic e tem risco Governo. Mesmo a taxa de 0,25 por cento da B3, deixa o retorno atualmente em 96 por cento do CDI.
Mas 96 por cento do CDI com um risco Governo é muito melhor do que 96 por cento do CDI com o risco do banco.
Lembrando que o Banco tem muito mais risco de crédito, e o FGC também tem muito mais risco de crédito do que o Governo - tendo em disponibilidade apenas 2,3 por cento do que ele próprio garante.
Quer um jeito ainda mais barato?
A Órama e o BTG Pactual (SA:BPAC11) criaram fundos que investem em Tesouro Selic sem cobrar absolutamente nenhuma taxa! Aí sim você consegue um retorno de 100 por cento do CDI, com risco Governo.
Perfeito para o investidor.
Os CDBs dos bancos médios
Depois do pior investimento da lista, que é o CDB de banco grande, vem a grande alternativa que surgiu com a digitalização dos bancos médios e as aberturas de contas investimento totalmente online.
Os bancos médios, além do tamanho menor, muitas vezes ficam restritos a uma região geográfica específica. E, por isso, têm maior dificuldade em captar dinheiro. Isso faz com que eles paguem taxas bem maiores em seus CDBs.
Com a criação das contas online, eles conseguiram expandir a captação do dinheiro para todo o Brasil.
Bancos como o Paraná Banco, por exemplo, pagam 108 por cento em um CDB de 1 ano, para investimentos pequenos, como 1.000 reais. Muito mais, portanto, do que os 80 por cento do CDI dos bancões.
Esse é apenas um exemplo, mas no Renda Fixa PRO temos uma lista com 13 bancos que são excelentes oportunidades de investir em CDBs, LCIs, e LCAs com um retorno bem maior. Esses bancos existem, dão lucro, tem Índice de Basileia alto e são extremamente consistentes nos seus resultados - e, claro, pagam taxas bem mais altas.
Mas essas taxas só existem se você comprar os papéis diretamente nas contas online desses bancos.
Onde geralmente os investidores compram esses CDBs?
O lugar mais comum para encontrar esses CDBs é nas plataformas de corretoras e distribuidores.
Mas, como esses são intermediários, eles cobram um bom spread em cima da taxa paga pelo banco.
Por exemplo: esse CDB do Paraná Banco, que paga 108 por cento do CDI para 1 ano, pode ser encontrado nas plataformas de corretoras por 102,5 por cento do CDI.
O spread é tão alto que voltamos para o problema dos CDBs dos bancões que pagam pouco. Não é 80 por cento do CDI, mas é tão próximo do retorno do Tesouro Selic que não vale a pena em termos de risco.
Uma nova solução para os distribuidores
A XP foi muito esperta, e criou uma nova solução para quem quer altas taxas, mesmo nas plataformas de distribuidores.
Estão fazendo agora um mercado secundário de CDBs de prazo fechado.
O que seria isso?
Imagina que um cliente X comprou um CDB de 3 anos do Paraná Banco, mas depois de 2 anos ele precisou do dinheiro.
Teoricamente, em CDBs de prazos fechados, ele não poderia receber o dinheiro de volta. Alguns bancos permitem que o cliente abra a operação, mas cobram um grande spread (geralmente zerando todo o retorno do cliente).
O que a XP faz é recomprar esse CDB do cliente X, com um spread bem menor do que o banco emissor cobraria, e repassar para um outro cliente Y com uma taxa maior do que esse novo cliente conseguiria no banco.
Por exemplo: o CDB do Paraná Banco de 1 ano, que eu dei como exemplo acima, que paga 108 por cento do CDI, estava disponível nesse mercado secundário da XP por 111 por cento do CDI!
Aí começa a valer muito a pena você entrar nesses CDBs via uma plataforma de distribuição.
É importante mencionar que, mesmo comprando via um mercado secundário, você preserva o seu direito a garantia do FGC.
Essas oportunidades aparecem logo de manhã, lá pelas 10h, na plataforma deles. Você vai encontrar diversas oportunidades, seja de bancos bons, seja de ruins. É preciso filtrar o joio do trigo.
Mas quando você tiver um recurso extra disponível e não souber onde colocar, vale muito a pena dar uma olhada nessa plataforma.
Ela muito bem representa a clássica máxima de que tempo é dinheiro.
Lá você é melhor remunerado por ter o tempo que o cliente inicial não tinha para segurar o investimento. Premia os investidores pacientes.
Fica a dica!
Acompanhe muito mais no Twitter: @mariliadf2, no FB: Marilia.fontes.7927, Youtube: MariliaFontesRendaFixa e LinkedIn: Marilia-Fontes-88744518