Após um ano turbulento em diversos aspectos em nível local e internacional, é exatamente com uma menor turbulência que contam os investidores para começar 2020.
Internacionalmente, a China ganha protagonismo neste ano, com a assinatura da Fase-1 do acordo comercial com os EUA, além de uma série de indicadores de atividade de grande relevância.
O PMI Markit/Caixin (Índice de Compra dos Gerentes) de manufaturas no mês de dezembro chegou em 51,5, contra 51,8 em novembro, ainda dentro da zona de expansão. As ações na China lideraram ganhos entre os principais mercados da região, após tal resultado.
O Banco Popular da China (PBoC) também anunciou quarta-feira em seu site que reduziria o índice de reservas compulsórias para os bancos em 50 bp a partir de 6 de janeiro, liberando adicionais US$ 115 bi dentro do sistema financeiro para apoio à economia.
O presidente Trump disse em um tweet na terça-feira que assinará um acordo comercial antecipado da Fase-1 com a China na Casa Branca em 15 de janeiro, também criando mais um ponto de expectativa positiva entre os investidores.
Com tais fatores, a China ganha o protagonismo entre os investidores e ainda que parte dos indicadores econômicos não sustente o crescimento semelhante a 2019, a perspectiva de acordo e o ganho de ritmo de mercados emergentes tende a ser essencial para a segunda economia do mundo.
Mais uma vez, o Brasil tende a se beneficiar da retomada de um ciclo de investimentos em mercados emergentes, tanto por exclusão, quanto pelos avanços econômicos e reformas propostas pelo atual governo, o que levou aos resultados positivos do final do ano passado e podem dar impulso à continuidade em 2020.
Muitos analistas já pregam que os “anos 20” serão a década de mercados emergentes e o Brasil pode estar na vanguarda de tal momento, ao contrário do que ocorrem em países que foram tradicionais alvos de recursos internacionais até 2019 como Indonésia, Malásia, Filipinas e Vietnã.
As commodities ligadas à tal retomada já dão sinais de reação, como minério de ferro, cobre e petróleo e os riscos estão mais conectados a questões eleitorais, como no pleito majoritário nos EUA e as eleições municipais no Brasil, o que podem trazer considerável volatilidade.
Atenção hoje à balança comercial no Brasil e PMIs de manufaturas no Brasil e nos EUA.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva na sua maioria e os futuros NY abrem em alta, com o retorno do feriado de ano novo.
Na Ásia, fechamento positivo na maioria, pelo Caixin em expansão.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, exceção ao ouro.
O petróleo abre em alta, com perspectiva de maior atividade econômica.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -3,63%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 4,0249 / 0,04 %
Euro / Dólar : US$ 1,12 / -0,080%
Dólar / Yen : ¥ 108,85 / -0,055%
Libra / Dólar : US$ 1,32 / -0,287%
Dólar Fut. (1 m) : 4022,45 / -0,68 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 22: 5,28 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 23: 5,79 % aa (-1,03%)
DI - Janeiro 25: 6,43 % aa (-0,92%)
DI - Janeiro 27: 6,76 % aa (-1,17%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,7626% / 115.645 pontos
Dow Jones: 0,2681% / 28.538 pontos
Nasdaq: 0,2975% / 8.973 pontos
Nikkei: -0,76% / 23.657 pontos
Hang Seng: 1,25% / 28.544 pontos
ASX 200: 0,10% / 6.691 pontos
ABERTURA
DAX: 0,850% / 13361,63 pontos
CAC 40: 1,325% / 6057,28 pontos
FTSE: 0,964% / 7615,14 pontos
Ibov. Fut.: -0,84% / 115952,00 pontos
S&P Fut.: 0,545% / 3248,70 pontos
Nasdaq Fut.: 0,714% / 8818,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,22% / 81,07 ptos
Petróleo WTI: 0,10% / $61,24
Petróleo Brent:0,36% / $66,35
Ouro: 0,26% / $1.520,17
Minério de Ferro: 0,46% / $90,92
Soja: 0,13% / $15,83
Milho: -0,13% / $387,75
Café: 0,00% / $129,70
Açúcar: 0,52% / $13,51