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Selic a 3%: Como se Posicionar na Renda Fixa

Publicado 15.05.2020, 19:27
CMIG4
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LIGT3
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BPAC11
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O COPOM na semana passada lançou os juros no Brasil ao menor patamar de todos os tempos, para 3%.

E no comunicado deixou claro que haverá mais cortes de juros.

Tudo isso tem um motivo de ser: os impactos da pandemia do COVID-19.

A crise instaurada pela pandemia mudou completamente o cenário dos investimentos, pois ainda não sabemos ao certo qual será o tamanho do prejuízo das empresas, uma vez que não temos ainda uma saída definitiva para a doença. As restrições permanecem em boa parte do mundo, sem maiores perspectivas de mudança de cenário no curto prazo.

Nesse cenários os formuladores de políticas econômicas precisam atuar de forma a minimizar os impactos negativos na economia.

E isso é feito seguindo a já conhecida receita: diminuição de juros, depreciação da moeda local frente ao dólar…

É importante ressaltar que isso é uma situação transitória.

Possivelmente em 2021 o cenário dos juros deve ser modificado para um patamar mais elevado do que o atual.



O Boletim Focus de 08/05 prevê a SELIC em 2,5% no fim de 2020 e em 3,5% em 2021.

Se pensarmos na inflação prevista para o mesmo período pelo Focus:





Teríamos juros reais de 0.74% e 0.25% em 2020 e 2021 respectivamente em aplicações marcadas a 100% do CDI.

Poupança atualmente está pagando menos do que isso - 0.34% de juros real no ano (70% da SELIC+TR(quase nula)=2.1%).

De uma forma genérica podemos indicar as principais características para o cenário atual e perspectivas futuras do Brasil para a renda fixa:

* Busque, se possivel, investimentos livres de Imposto de Renda.

* Evite taxas de administração.

* Caso não consiga evitar taxas de adm, busque as mais baixas.

* Tente fugir do básico, 100% CDI, mas com segurança!

Abaixo, selecionamos algumas opções que podem estar no seu portfólio de renda fixa e seguem as premissas que buscamos:

Tesouro Direto

Liquidez garantida
Prazo aplicação / resgate D+1

Investir em títulos públicos ainda é uma boa opção, devido a liquidez garantida e segurança. Ainda existem rentabilidades interessantes nos prefixados e expostos ao IPCA. Infelizmente, os títulos públicos são tributados.

Veja por exemplo, um cenário de 10 anos, com pagamentos de juros semestrais - para a nossa simulação usamos um valor de R$10000,00 já com o desconto dos impostos.

Prefixado:



IPCA+ (6 meses a menos):



Agora, vamos simular para 5 anos, sem juros semestrais:




Atualmente, como podemos ver, os títulos prefixados estão ligeiramente mais atrativos.

Recomendamos um mix dos dois (prefixados e IPCA), de forma a diversificar a exposição em inflação. O investimento mínimo é bem baixo, podendo se iniciar por cerca de R$100,00.


Crédito Privado

Os investimentos em crédito privado, principalmente debêntures, são uma excelente opção de investimento. Entretanto, é importante saber alguns pontos:

São investimentos com risco de crédito - a empresa pode dar “calote”. Com isso é preciso analisar com muito cuidado as empresas onde investir. Prefira as empresas do setor elétrico, que costumam ter maior previsibilidade de caixa.

Empresas de infraestrutura podem emitir as debêntures incentivadas. Estas devem ser a opção escolhida, pois são as melhores opções.

Abaixo, exemplificamos com duas debêntures disponíveis no BTG (SA:BPAC11):

BTG

LIGHT SERVICOS DE ELETRICIDADE S/A (15/10/2025)



Essa debênture da empresa de distribuição Light (SA:LIGT3) está pagando IPCA + 4,60%, com juros semestrais. Isenta de imposto de renda. Mínimo de 1152,14.

PETROLEO BRASILEIRO S A (15/09/2029)



Também semestral, está pagando IPCA +4,20%). Mínimo de 979,73.

Em outras corretoras você pode achar oportunidades parecidas. Na Genial Investimentos, por exemplo, há uma oportunidade com a empresa CEMIG (CMIG4).

Busquem sempre debentures isentas de IR, que paguem pelo menos IPCA + 4,20) e de empresas com bom rating.

Dê preferencia a vencimentos próximos a 10 anos.

Entre os dois investimentos (tesouro e debêntures), posicione a maior fatia em tesouro, devido ao perfil de risco de crédito da segunda.

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