Estamos vivenciando o final do ciclo do PT na liderança política do Brasil. Um período em que a mídia nos mostrou fatos que evidenciaram que em nosso país não havia competência e capacidade suficientes por parte do Governo para explorar nossos pontos fortes. Por outro lado se tornou nítido que a sociedade tem energia para se mobilizar em iniciativas organizadas: tivemos competência e capacidade para exigir mudanças necessárias para o País retomar uma trajetória de crescimento econômico e de avanços na política e na sociedade.
Este período de instabilidade está explícito nos gráficos dos principais indicadores econômicos publicados pelo BACEN: inflação e taxas de juro em níveis elevados resultando em crescimento negativo do PIB (nos gráficos os dados de 2016 representam expectativas publicadas no boletim FOCUS do BACEN de 22/jul).
De forma natural o baixo desempenho destes indicadores refletem quedas nos níveis de consumo:
Em um cenário de baixos resultados e incertezas quanto a avanços futuros, nota-se quedas nos índices de confiança que demonstram recuperação no mês de maio.
Neste ponto é importante destacar que estamos reconstruindo as expectativas para a economia do País devido às iniciativas da equipe do Presidente Michel Temer:
- o Banco Central demonstra compromisso com a redução da inflação mantendo a taxa SELIC em 14,25%
- negociações intensas com todos os níveis do Governo com a finalidade de reduzir o gasto público e, principalmente, incentivando a privatização, concessão e parcerias público-privadas
Os indicadores mostram um cenário desafiador, mas a equipe do Governo atual se mostra com foco no desenvolvimento de longo prazo, fator que eleva a percepção positiva do investidor estrangeiro sobre o Brasil. Principalmente em um período em que as taxas de juros nos países desenvolvidos estão próximas de zero ou negativas.
Desta forma os investidores de risco direcionam seu capital para economias emergentes onde a relação de risco e retorno se torna mais atrativa. Esta mudança de perspectiva do Brasil está refletida no alto desempenho do iBovespa: valorização de 30% em 2016. Economistas e analistas do mercado financeiro projetam cenários positivos para o Brasil.
Então temos que planejar estratégias de investimento com o objetivo de atingir rentabilidades superiores às oferecidas pelos bancos! Mas qual é a estratégia atual dos brasileiros?
Dados do BACEN mostram concentração em fundos de investimento e uma parcela relevante em CDB e Caderneta de Poupança. Os fundos de investimento fecham o segundo trimestre de 2016 com estoque muito próximo a R$2 trilhões, os títulos de CDB próximos a R$600 bilhões e a Caderneta de Poupança também próxima de R$600 bilhões.
Também é notável o crescimento de pessoas que investem em títulos do programa Tesouro Direto: o número de investidores ativos está acima de 300 mil e o estoque de investimentos atingiu R$32,8 bilhões. Este número está distante dos investimentos em Caderneta de Poupança e CDB, mas é importante analisar o crescimento acelerado dos títulos públicos.
De acordo com o Tesouro Nacional:
- o número de investidores está 86,7% maior quando comparado a junho/2015
- o estoque atual de R$32,8 bilhões cresceu 78,7% em relação a junho/2015
O crescimento acelerado do volume de compras de títulos do Tesouro Direto demonstra que a classe média está interessada em alternativas com maior rentabilidade e, principalmente, estão dispostas a lerem sobre conceitos e regras a fim de tomarem decisões que viabilizem planos para o futuro. Concluímos que o programa Tesouro Direto foi o primeiro passo para a evolução da cultura de investimentos!
De agora em diante empresas ligadas ao mercado financeiro tem o papel de desenvolver produtos voltados à classe média para facilitar o atingimento de objetivos pessoais como, por exemplo: a compra de um apartamento, de um carro 0km ou viagens ao exterior. Estes objetivos podem ser viabilizados por uma carteira equilibrada entre renda fixa e variável.