Ata do Copom reforça guidance de mais um aumento de 100 pontos-base

Investing.com – Em ata da última reunião divulgada nesta terça-feira, 04 de fevereiro, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reforçou que deve seguir com o mesmo ritmo de aumento de juros na próxima decisão, em 100 pontos-base, em linha com o comunicado apresentado anteriormente.

A desancoragem das expectativas de inflação, resiliência na atividade econômica e pressões no mercado de trabalho foram fatores mencionados no documento. No curto prazo, a taxa de câmbio e a inflação corrente, além do hiato do produto e as expectativas de inflação no médio prazo, são fatores de preocupação. Assim, o colegiado deve seguir aumentando a taxa de juros.

“Diante da continuidade do cenário adverso para a convergência da inflação, o Comitê antevê, em se confirmando o cenário esperado, um ajuste de mesma magnitude na próxima reunião”, destacou a ata.

Na quarta-feira passada, o colegiado decidiu, de forma unânime, pela elevação da Selic em 100 pontos-base, de 12,25% para 13,25% ao ano, confirmando o guidance anterior.

“Sem prejuízo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços, essa decisão também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego”, completou o documento.

Apesar de indicar na ata que pretende seguir com mais um aumento nesta magnitude, as próximas decisões seguem em aberto, dando graus de liberdade para o colegiado.

“Para além da próxima reunião, o Comitê reforça que a magnitude total do ciclo de aperto monetário será ditada pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta e dependerá da evolução da dinâmica da inflação, em especial dos componentes mais sensíveis à atividade econômica e à política monetária, das projeções de inflação, das expectativas de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos, em especial dos componentes mais sensíveis à atividade econômica e à política monetária, das projeções de inflação, das expectativas de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos”.

O Banco Central projeta inflação acumulada em quatro trimestres em 2025 de 5,2% e para o terceiro trimestre de 2026 de 4,0%.

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