Garanta 40% de desconto
🚨 Mercados voláteis? Descubra joias escondidas para lucros extraordináriosDescubra ações agora mesmo

COPOM Deve Manter SELIC, mas BC Deve Alterar Estratégia de Intervenções no Câmbio

Publicado 20.06.2018, 11:35
Atualizado 09.07.2023, 07:32

A duras penas, seja pela intervenção direta do BC com suas maiúsculas ofertas de swaps cambiais, seja pela ação direta dos especuladores dominando a formação do preço deprimindo-o estrategicamente para ganhar “gap” para realização de lucro na liquidação, como defendemos a partir do entendimento de que a demanda por estes instrumentos deixaram de ser para proteção e passaram a ser puramente especulativo, o fato concreto é que o preço da moeda estrangeira ficou num patamar contido que permite o COPOM a manter a taxa SELIC.

Este parece ter sido o objetivo maior do BC para que não seja coibido a elevar a taxa SELIC nesta reunião que se finda hoje, e até justificar a afirmativa, que no nosso entender é um sofisma, de que não existe uma relação mecânica entre juro e câmbio, contrariando a teoria a respeito da matéria.

Adicionalmente salientamos que este argumento de que não elevará o juro em decorrência da alta do dólar não pode ignorar os efeitos desta alta nos preços da economia, que assim impulsionam a inflação.

Com isto, ainda que o risco de ter que suportar um expressivo custo nestas operações, visto que a variação cambial que pagará tende a superar de forma ostensiva a contrapartida do juro que receberá, a autoridade parece imbuída da vontade de resgatar o abalo de credibilidade que teve do mercado em decorrência de sua decisão anterior em que manteve a taxa SELIC, quando todo o mercado acreditava que seria reduzida, mantendo-a neste momento, quando poderia surpreender a elevando face ao expressivo viés de alta do preço da moeda americana, já repercutindo nos IGP´s e IPC´s, exceto no IPCA.

Anúncio de terceiros. Não é uma oferta ou recomendação do Investing.com. Leia as nossas diretrizes aqui ou remova os anúncios .

Tudo leva a crer que o BC deverá mudar a sua estratégia de intervenções no câmbio, tendo em vista que o que ocorre na atualidade é uma roda viva alimentada pela especulação e são irrisórias as possibilidades de estabilização do preço no patamar de R$ 3,70/R$ 3,75, havendo razões e motivos que podem impulsionar o preço acima de R$ 4,00.

O enfrentamento do BC à tendência de alta do preço do dólar, além de propenso a se tornar altamente oneroso para o país que já tem uma situação fiscal extremamente delicada, poderá se tornar inócuo e desgastante se os tomadores especuladores resolverem estancar a demanda e com isto criar movimento que conduza o preço da moeda a parâmetros acima de R$ 4,00.

Importante lembrar que no próximo dia 2 de julho ocorrerá vencimento substantivo de volume de contratos de hedge cambial e é um momento que poderá determinar pressão de alta no preço do dólar, pois tudo leva a crer que há no montante vincendo grande parcela de swaps cambiais especulativos não vinculados a proteção de passivos.

Nossa percepção a respeito do cenário atual sugere que o BC após esta reunião do COPOM altere sua estratégia e reduza bruscamente a sua oferta de swaps cambiais e inicie os leilões de linhas de financiamento em moeda estrangeira com recompra, focando proporcionar liquidez ao mercado de câmbio a vista, que deverá passar a ser mais demandado.

Entendemos que ainda esteja remanescente no mercado a ideia única de que as pressões sobre o preço da moeda estrangeira decorrem do cenário externo adverso aos emergentes, que no nosso ponto de vista já está a muito precificado, sendo que as convicções presentes e o viés de alta são alimentados por fatores internos, tais como a baixa atividade econômica, crise fiscal que se agrava, incapacidade de geração de empregos, renda e consumo e, excessivas dúvidas e incertezas no entorno da sucessão presidencial.

Anúncio de terceiros. Não é uma oferta ou recomendação do Investing.com. Leia as nossas diretrizes aqui ou remova os anúncios .

É absolutamente relevante que se tenha a convicção efetiva que as questões “intestinas” do país têm na atualidade um peso maior no agravamento da tendência de desvalorização do real frente ao dólar.

Já estamos na fase em que as intervenções como as que vêm sendo realizadas se tornam cada vez mais ineficazes, pois a tendência de alta do dólar está instalada ancorada nos frágeis fundamentos da atividade econômica e perspectivas políticas desconfortantes ao mercado, e só se prestam a estimular intensificação de posicionamentos especulativos, sem vínculo com passivos em moeda estrangeira.

Por isso, o bom senso sugere que o BC pós-COPOM altere sua estratégia reduzindo a oferta de swaps cambiais e passando a ofertar linhas de financiamento em moeda estrangeira com recompra.

A partir de julho deverá se intensificar o volume de saída de recursos estrangeiros locados no nosso mercado financeiro.

O preço do dólar tende a assumir viés contundente de alta, mas esta é a realidade insuperável pela autoridade monetária, porém o BC terá tempo até a próxima reunião do COPOM daqui a 45 dias para verificar o que ocorrerá efetivamente, e o mercado terá então melhor percepção sobre a tendência em relação à SELIC.

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.