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Dinheiro Não Dá em Árvore, mas Talvez Dê na Cielo

Publicado 15.09.2016, 09:39
BVSP
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CIEL3
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Vamos lá então. Estou com meu café e ouvindo uma boa música, algo básico para um ser humano chamado EU, para produzir.

Minha mãe me ensinou/doutrinou a ler e ler muito desde pequeno. gibi da turma da Mônica, revistas e livros. Me deixaria mais inteligente segundo ela. Well, sou muito grato a ela que sempre afirma que sou inteligente, heheh. mãe é mãe. Quantos lembram daqueles livros da série Vagalume? Muito li aqueles livrinhos. mas então, me veio a memória um em especial: A árvore que dava dinheiro. Confesso que tive que dar um Google pra lembrar a história. Em suma é sobre como o comportamento dos moradores de uma cidade, o qual muda completamente ao descobrir que existe árvore que dá dinheiro no meio da cidade.

Não sei qual seria o seu comportamento, mas eu confesso que ia querer uma muda pra plantar em casa. rs. Como dinheiro não dá em árvore resolvi buscar isso no mercado de ações mesmo!

Achei em Cielo (SA:CIEL3) um case bom. Análise aqui vai ser simples e oportunista - aproveitar essa queda recente.

A meu ver o papel caiu por 3 motivos: (i) notícia acerca do inquérito administrativo sobre práticas anticoncorrenciais no segmento de adquirência; (ii) revisão de seu guidance para uma realidade mais adversa para suas operações; (iii) rebalanceamento de carteiras com players buscando opções de mais beta (risco e potencialmente um retorno maior). O resultado foi a underperform que vemos no gráfico abaixo (Cielo na linha roxa, comparando com o Ibovespa).

Porém, olhando um prazo mais longo a natureza consolidada de suas operações (market share de mais de 50%), seu elevado nível de retorno (Retorno sobre o patrimônio investido próximo a 50% versus 5% de média para as empresas do Ibovespa) e as elevadas barreiras à entrada ao incremento de concorrência em seu setor mostram que trata-se de um ativo diferenciado e por isso suas ações apresentam uma performance sensivelmente melhor que o Ibovespa.

Mas e aí vai continuar a cair? Não sei, mas aqui vai minha visão sobre os pontos citados acima: (i) processo segue acontecendo, sem uma previsão de parecer e representa um risco, mas vale trazer a memória que a Cielo já enfrentou outros questionamentos nessa linha e nenhum deles gerou perdas significativas a empresa; (ii) a meu ver a revisão de guidance já foi precificada uma vez que ocorreu no início de agosto; (iii) a redução de posição no ativo por casas que buscam mais beta já vem ocorrendo e não sei dizer quanto de fluxo ainda pode haver. Questão é que a empresa conta com vantagens corporativas importantes!

Antes de falar dessas, veja que só a título de curiosidade, de meados de 2011 até hoje, a Cielo tem sido hábil para entregar crescimento de lucros independentemente de cenário, presidente ou receios regulatórios – 18% a.a. na média. No 2T16, mesmo com toda desaceleração na economia, em especial no varejo (importante setor para suas atividades), a empresa entregou um crescimento de lucro de 13,8% na comparação anual. Mas vejamos:

(i) Líder em um mercado que segue em expansão. Citei acima que sua lucratividade cresceu 18% a.a. desde 2011. Nesse mesmo período o volume financeiro de transações com cartões cresceu 14,4% a.a. e a quantidade de transações 13% aa. Ou seja, ela não só se aproveitou do crescimento como ganhou espaço nesse mercado. Só para se ter uma ideia, atualmente 9,5% do PIB brasileiro passa pelas máquinas da Cielo.

(ii) Alta geração de caixa e baixa necessidade de investimento. Não seria bom ter um negócio que gera caixa e que você não precisa investir muito para que ele continue sendo lucrativo? Pois é...a Cielo tem! O retorno sobre seu patrimônio roda na casa dos 50%. Desde o período que citei o crescimento da sua geração de caixa foi de 21,7% a.a. no período. Hoje a Cielo gera R$ 1,350 bi de caixa por trimestre e seu guidance de investimentos para 2016 é de R$ 400 milhões. Ou seja, em um mês de operação ela gera o caixa necessário para realizar todos investimentos estimados para os próximos 12 meses.

(ii) Capacidade de inovação. Cielo tem se mostrado hábil para investir utilizando uma parcela pequena de seu caixa gerado e ainda assim elevar as barreiras de entrada e suas vantagens competitivas. Mais recentemente ela anunciou o lançamento da Cielo Lio (maquineta da fotinho aí).

Conclusão

Ok, falar bem de Cielo não é difícil, nem muito inovador, mas meu objetivo não é dar uma dica infalível ou uma ação que vá subir 400%, rs. Meu foco é buscar investimento de valor e, nesse sentido, ela me parece uma boa após as recentes quedas.

Tradicionalmente a Cielo não é um ativo barato, o que é justificável pela qualidade de suas operações. Empresa vale R$ 72,3 bilhões em bolsa e entregou um Lucro Líquido de R$ 3,7 bilhões nos últimos 12 meses, ou seja um P/L de 19,5x, ou anualizando o último trimestre 18,2x.

Penso que uma projeção de lucro de R$ 4,4 bilhões para os próximos 12 meses, um crescimento de ~10%, é algo factível olhando seu histórico e acreditando numa retomada da economia que venha a ser sentida também no varejo. Com isso a empresa estaria negociando a um P/L de 16,4x, o que me parece bem razoável. Tem muita empresas do setor de varejo negociando múltiplos bem mais caro e com risco de execução bem maior.

Gostaria de comprar ela numa relação 15x lucro, mas aí teria que esperar cair pra casa dos ~R$ 30. Outra possibilidade é o lançamento de opções como forma de baratear a exposição ao ativo e rentabilizar a carteira, o que também é possível dado a liquidez das opções de Cielo.

#ficadica

#prontofalei

Trata-se de uma Plataforma aberta que permite personalizar a experiência de venda com funcionalidades e aplicativos de controle e gestão do negócio, uma ferramenta que me parece bastante útil ao seu cliente. Tipo o lojista vai poder registrar pedidos com leitura de código de barras, gerenciar pedidos de mesas e dividir contas com a calculadora integrada, a máquina ajuda ainda no controle de estoques, entre outros. Penso que tende a só reforçar sua posição de liderança nesse mercado.

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