O mercado brasileiro tem tido dias de glória neste início de 2017, em partes pela confusão dos pretensos planos econômicos do novo governo americano, o qual poderiam beneficiar empresas locais e em partes devido a sinais mais positivos da economia brasileira.
Moody’s e Fitch começam a abrir caminho para uma elevação do rating brasileiro com seus discursos recentes e empresas locais tem passados por seguidas revisões positivas, em partes por mudança de governança após a troca de governo e também pelos mercados de atuação.
Assim, o Ibovespa teve um dos melhores dias em 5 anos, com queda do dólar, com suporte mais forte nos R$ 3,10 no pronto e nos juros futuros, em resposta à atividade econômica fraca.
Na abertura dos negócios, o dólar opera em queda global, com alta no rendimento dos US Treasuries e pode ser influenciado hoje localmente pelo leilão de swaps do Banco Central.
A Ásia teve fechamento negativo, mesmo após a produção industrial japonesa em alta e a inflação chinesa acima das expectativas, ambos sinais positivos de atividade econômica.
Na Europa, o mercado abre sem rumo e os futuros em NY abrem em queda, na expectativa com a fala de Yellen hoje, onde os investidores buscam sinais da retomada do aperto monetário. Petróleo em leve alta em vista aos cortes da OPEP, porém com pouca firmeza.
CENÁRIO MACROECONÔMICO
A inflação tem deixado no Brasil o caminho aberto para juros mais baixos e a atividade econômica segue a mesma linha, caso não haja nenhuma surpresa nos indicadores desta semana.
Vendas ao varejo deve entregar um dos piores natais em quase 7 anos, como direto reflexo da recessão que atinge o país há 2 anos, o que devemos também observar no IBC-Br, uma prévia do PIB pelo BC, onde o ano de 2016 deve se concluir em perdas.
Sem o elemento fiscal, resta a parcela da inflação ainda resistente pela indexação e o restante, elementos de oferta e demanda. Resta agora entender até quando o fator político deixará o caminho aberto para um futuro com juros mais acessíveis ao consumo.
CENÁRIO POLÍTICO
A expectativa hoje no âmbito político é pela recondução no STF de Moreira Franco ao status de ministro. O movimento, mal visto em geral eleva a sensibilidade do governo a atos que se imaginam contra a Lava-Jato.
Porém, apesar dos “ruídos”, a operação não parece ameaçada e muito do que se ouve atualmente está em linha com os meandros da política brasileira.
Mais importante que tudo, a política continua o principal elemento desestabilizador no Brasil, dadas as perspectivas econômicas em ritmo de melhora. É o que se espera.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,1103 / -0,15 %
Euro / Dólar : US$ 1,06 / 0,208%
Dólar / Yen : ¥ 113,48 / -0,229%
Libra / Dólar : US$ 1,25 / -0,399%
Dólar Fut. (1 m) : 3124,17 / 0,02 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 18: 10,66 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 19: 10,10 % aa (0,10%)
DI - Janeiro 21: 10,24 % aa (-0,19%)
DI - Janeiro 25: 10,50 % aa (-0,10%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 1,28% / 66.968 pontos
Dow Jones: 0,70% / 20.412 pontos
Nasdaq: 0,52% / 5.764 pontos
Nikkei: -1,13% / 19.239 pontos
Hang Seng: -0,03% / 23.703 pontos
ASX 200: -0,09% / 5.755 pontos
ABERTURA
DAX: 0,018% / 11776,58 pontos
CAC 40: 0,055% / 4890,87 pontos
FTSE: 0,018% / 7280,26 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 67010,00 pontos
S&P Fut.: -0,021% / 2325,80 pontos
Nasdaq Fut.: -0,062% / 5256,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,28% / 88,84 ptos
Petróleo WTI: 0,68% / $53,29
Petróleo Brent:0,83% / $56,05
Ouro: 0,26% / $1.228,47
Aço: 0,00% / $721,00
Soja: -0,19% / $19,97
Milho: -0,40% / $373,75
Café: -1,03% / $144,85
Açúcar: 0,85% / $20,17