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Mercados alimentam esperança em um rali de Natal

Publicado 06.11.2023, 09:16
Atualizado 10.01.2024, 08:22
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Quem está voltando apenas nesta segunda-feira (6) do último feriado de quatro dias deste ano, precisa saber que os mercados de ações tiveram uma “Supersexta”. O Ibovespa disparou quase 3% naquele dia, acumulando valorização de 4,3% na semana, enquanto os índices das bolsas de Nova York registraram o melhor desempenho semanal em um ano.

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Esse comportamento alimenta esperanças entre os investidores de que vai ter, sim, um rali de Natal. Essa crença se ampara na queda dos rendimentos (yields) dos títulos dos Estados Unidos (Treasuries). Aliás, depois de superar a marca de 5% pela primeira vez desde 2007, o papel de 10 anos (T-note) teve o maior declínio semanal desde março.

Foi o catalisador positivo para os ativos de risco. O movimento ganhou força após o relatório oficial de emprego nos EUA na sexta-feira (3) mostrar sinais iniciais de esfriamento, levando os mercados a declararem o fim do ciclo de aperto pelo Federal Reserve. Mais que isso, o payroll fraco antecipou para maio o início dos cortes dos juros.

Mercados não acreditam na recuperação

Porém, há que duvide de uma recuperação estelar dos mercados para encerrar o ano. Olhando o payroll “meio vazio”, alguns rebatem que a desaceleração do mercado de trabalho nos EUA tende a restringir os gastos dos consumidores, prejudicando os lucros das empresas. Aliás, a temporada de balanços por lá já é vista pelo retrovisor.

Por aqui, a safra continua a todo vapor, com pesos pesados divulgando seus resultados e podendo influenciar o Ibovespa. Mas o foco dos investidores está na discussão sobre a meta fiscal em 2024. O mercado acompanha as últimas tentativas do ministro Fernando Haddad (Fazenda) de manter o déficit zero no ano que vem - ao menos até março.

Anote na folhinha

A semana traz como destaque a ata da reunião da semana passada do Copom, que sai nesta terça-feira (7). O documento pode consolidar as apostas por uma taxa Selic mais alta ao final do ciclo de cortes, apesar do ritmo constante de queda a doses de 0,50 ponto, diante das incertezas fiscais.

Depois, as atenções se voltam para os números das vendas no varejo, na quarta-feira (8), e da inflação oficial ao consumidor (IPCA), na sexta-feira (10). Na safra de balanços, a semana começa com Embraer (BVMF:EMBR3), antes da abertura, e Itaú, após o fechamento. Na quinta-feira (9), tem Bradesco (BVMF:BBDC4) e Petrobras (BVMF:PETR4).

No exterior, o foco também se divide entre dados e fatos econômicos. O presidente do Fed, Jerome Powell, participa de dois eventos, na quarta e na quinta. Da China, saem dados da balança comercial, amanhã, e de inflação ao consumidor (CPI) e ao produtor (PPI), no dia seguinte.

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