Impeachment
Muito se discute sobre um possível impeachment da presidente Dilma.
Em uma primeira análise, o que está discussão é se será bom ou mau para o país se tal acontecer. Eu atrevo-me a dizer que nem será bom nem mau, pois o problema em si não está propriamente na falta de confiança na presidente e no seu governo, mas sim na condução de políticas mais críveis e que levem a uma contenção orçamental e consequentemente a um superávit.
Que garantias temos que, se mudar a presidente Dilma, as políticas mudarão? Nenhuma. Particularmente não simpatizo nada com a presidente e muito menos concordo com as políticas de seu governo. Mas achar que a sua saída é a solução de todos os problemas é uma tremenda falácia. O que é preciso são medidas urgentes que garantam a estabilidade e o crescimento econômico, independentemente de quem esteja no poder.
Agora, se o governo não consegue ou não quer tomar as medidas que são necessárias, aí sim, é melhor que saiam, e deem oportunidade a outros tentem implementar as medidas necessárias.
O que o mercado espera é por soluções e atitudes que revertam o quadro atual, com Dilma ou sem Dilma.
Os Vetos
A decisão do plenário que tem adiado a votação dos principais vetos presidenciais tem trazido bastante instabilidade ao mercado.
Mas manutenção ou não dos vetos que tem impacto nas contas públicas terá um efeito imediato no mercado. Tenhamos, contudo, atenção que se os vetos forem derrubados, ou seja, se aprovarem o aumento do Judiciário e o reajuste dos aposentados pelo salário mínimo, também não será um drama total se a equipe econômica conseguir reajustar o orçamento para acomodar esses aumentos da despesa. Claro que isso significa mais cortes e/ou aumento de impostos. Soluções há, podem não ser as melhores.
É evidente que qualquer solução que se traduza numa contenção orçamental é a melhor solução. Aumentar impostos só em ultimo caso.
Na realidade o que o mercado espera e anseia é por sinais políticos e econômicos que possam levar a uma situação de maior estabilidade, com impeachment ou sem impeachment, com vetos ou sem vetos, o resto são fait-divers.