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O Passado Sempre Ensina

Publicado 20.09.2018, 09:10
Atualizado 09.07.2023, 07:32

O passado sempre nos ensina a não cometer erros no futuro, mas às vezes nossos dirigentes acabam repetindo os mesmos erros. Alexandre Graham Bell já tinha nos ensinado que “nunca ande pelo mesmo caminho traçado, pois ele conduz somente até onde outros já foram”.

No último dia 15 de setembro, completamos dez anos do cataclismo da quebra da instituição Lehman Brothers (de 158 anos), que foi o início de todos os problemas que atravessamos desde então. Antes de tudo, é necessário contextualizar aquele momento vivido, com o mundo crescendo aceleradamente desde o princípio dos anos 2000, situação que ajudou bastante o Brasil da época e o desfrute do primeiro governo de Lula. Surfamos na onda do crescimento global como grandes provedores de matérias primas e alguns semielaborados.

Mas os problemas da instituição mais que centenária Lehman Brothers não começou nesse momento. Na verdade, os primeiros sinais de seus problemas começaram a surgir nove meses antes, por volta de julho de 2007. A partir disso até o fatídico 15 de setembro de 2008, os mercados foram estressando com as operações que ficaram conhecidas como subprime, onde as instituições relevaram riscos de exposições maiores para alavancar resultados. O mercado imobiliário americano vivia o autêntico “boom” e os indivíduos alavancavam na aquisição de imóveis.

Enquanto isso, as instituições financeiras iam empacotando cestas de títulos, vendidas de forma dispersa pelo mundo e por outras instituições do mercado. Foi então que começaram os questionamentos sobre a qualidade dos créditos concedidos, e suspeitas de que aqueles títulos poderiam não ser honrados. Meio aquela história da caixa de bacalhau que vai mudando de mãos sem ser aberta, e quando alguém resolve abrir o conteúdo está estragado.

Quando isso foi constatado, restou ao FED deixar o Lehman Brothers quebrar e salvar a maior seguradora do mundo, a AIG. A partir disso, tivemos uma sucessão de quebradeiras no mundo envolvendo centenas de instituições e empresas. Citamos apenas algumas centenárias ou próximas como Bear Stearns, Fannie Mae e Freddie Mac, Goldman Sachs e Morgan Stanley (NYSE:MS), Merril Lynch. Empresas como GM e o ícone Citibank. Foram encontradas então formulas de aquisições por outras instituições, negociadas apenas por valores simbólicos.

O Brasil, por não ser uma economia aberta, foi pouco afetado por esse movimento do mercado financeiro, mas a “marolinha” caraterizada pelo então presidente Lula afetaria todo o mundo. Nos anos seguintes, poucos foram os países que assim como a China tiveram PIB positivo.

O mundo tomou ciência da gravidade do problema e no dia seguinte a quebra do Lehman Brothers, todos os principais bancos centrais do mundo tomaram decisão coordenada de reduzir suas taxas de juros em 0,50%. O Brasil também entrou nessa! Mais que isso, os principais bancos centrais iniciaram processo de flexibilização monetária em larga escala que culminaria com as mais baixas taxas de juros da história, sendo que alguns ainda permanecem negativas como no Japão e Depósitos no BCE (BC Europeu). Em alguns casos, o tamanho de bancos centrais chegou a quintuplicar como no caso do FED americano que saiu de US$ 1,00 trilhão para pouco menos de US$ 5,0 trilhões, no ápice.

Pois bem, agora os bancos centrais de países desenvolvidos começam o caminho de volta, o caminho da normalização de suas políticas monetárias que consiste em elevar juros e reduzir o tamanho de sua interferência no sistema. Ocorre que durante esse período (desde 2008), segundo dados coletados pelo Institute of International Finance (IIF), o nível de endividamento global de corporações e indivíduos foi elevado em US$ 70 trilhões, indo para estimativa de US$ 247 trilhões, maior até mesmo que o PIB global.

Portanto, está nas mãos de países e bancos centrais não deixar que uma nova crise de crédito ocorra, e com o diferencial de que já estaríamos partindo de taxas de juros muito baixas e balanços de bancos centrais ainda inflados.

Por enquanto essa é somente uma hipótese, mas que precisa ser bem administrada.

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