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Soja: Prêmios de exportação no Brasil caíram em fevereiro

Publicado 10.03.2023, 15:20
Atualizado 14.05.2017, 07:45

Os prêmios de exportação de soja no Brasil caíram em fevereiro, registrando, inclusive, patamares negativos – esse cenário não era visto desde junho/21, considerando-se um contrato de primeiro vencimento. Essa queda esteve atrelada à baixa demanda externa e às estimativas de produção recorde no Brasil na safra 2022/23 e de maior área de cultivo nos Estados Unidos em 2023/24. As quedas foram acentuadas pela desvalorização do dólar frente ao Real (que reduz a competitividade da soja brasileira e, consequentemente, leva o demandante ao maior concorrente do Brasil, os Estados Unidos). Em fevereiro, o dólar teve a menor média desde ago/22, que foi de R$ 5,1792, quedas de 0,3% sobre o mês anterior e de 0,2% se comparado há um ano. No caso das vendas externas, de acordo com a Secex, saíram dos portos brasileiros 5,19 milhões de toneladas de soja em grão em fevereiro. Embora este volume seja seis vezes maior que a quantidade escoada em janeiro, ainda é 17% inferior ao exportado há um ano. Com isso, o Indicador CEPEA/ESALQ – Paraná teve preço médio de R$ 165,56/sc de 60 kg em fevereiro, o menor desde julho de 2020, em termos reais (os valores foram deflacionados pelo IGP-DI), sendo também 3,1% inferior ao de janeiro/23 e 14,9% abaixo do registrado há um ano, em termos reais. O Indicador ESALQ/BM&FBovespa – Paranaguá (PR) recuou 2,5% entre os meses de janeiro e fevereiro e expressivos 12,8% se comparado há um ano, registrando a menor média desde julho/20, em termos reais. Na média das regiões acompanhadas pelo Cepea, as quedas entre janeiro e fevereiro foram de 2,2% no mercado de balcão e de 3,1% no mercado de lotes.

DERIVADOS – Os preços dos derivados caíram no Brasil em fevereiro, pressionados pela baixa demanda, sobretudo, doméstica. Consumidores de óleo de soja estiveram afastados do mercado, com dificuldades em obter margem de lucro ao repassar o preço para o produto refinado. Além disso, parte das indústrias alimentícias esteve ausente das aquisições em fevereiro, indicando estar abastecida para médio prazo. O enfraquecimento da demanda pelo setor de biodiesel também pressionou as cotações. Com isso, o preço do óleo de soja bruto degomado (com 12% de ICMS incluso), na região de São Paulo (SP), foi de R$ 6.526,94/tonelada em fevereiro, a menor média desde julho/20, em termos reais, com quedas de 6% em relação ao mês passado e de 25% frente ao de fevereiro/22. Para o farelo de soja, a liquidez esteve maior na primeira quinzena de fevereiro, visto que os estoques dos consumidores estavam diminuindo. Assim, parte desses agentes precisou estar ativa no spot, visando garantir novos lotes. A demanda externa pelos derivados brasileiros também esteve aquecida, acirrando a disputa entre consumidores domésticos e externos. Já na segunda quinzena do mês, os compradores domésticos se ausentaram das aquisições, mostrando preferência por aguardar a intensificação da safra de soja para adquirir novos volumes do derivado. Com isso, os preços se enfraqueceram. Na média das regiões acompanhadas pelo Cepea, as cotações do farelo de soja caíram 1% em relação ao mês de janeiro/23 e 1,2% se comparadas há um ano, em termos reais.

CAMPO – De acordo com a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), até 26 de fevereiro o Brasil havia colhido 34% das 152,88 milhões de toneladas previstas para a temporada 2022/23, menos que os 42,1% colhidos em igual período do ano passado. Dentre os estados, 77,1% foram colhidos em Mato Grosso, abaixo dos 80,5% na temporada passada; 40% em Goiás, contra 55% há um ano; 21% em Minas Gerais, contra 26% neste mesmo período da temporada passada; 10%, no Paraná, inferior aos 29% há um ano; e apenas 2% em Santa Catarina, contra 17% na safra passada. Em São Paulo, a colheita atingiu apenas 25% da área, e em Mato Grosso do Sul, 24%, significativamente abaixo dos respectivos 31% e 47% colhidos há um ano. No Tocantins, foram colhidos 35%, abaixo dos 60% há um ano. Já na Bahia, foram colhidos 8% da área de soja, acima dos 7% no mesmo período da safra passada; 27% no Maranhão, também superior aos 19% há um ano; e 15% no Piauí, acima dos 13% na safra passada, ainda de acordo com a Conab.

FRONT EXTERNO – Nos Estados Unidos, embora os embarques de soja tenham diminuído nas últimas semanas, na parcial do ano-safra (de agosto/22 a 23 fevereiro/23), as exportações somam 42,08 milhões de toneladas, 3,38% superior ao volume escoado no mesmo período da temporada passada. Assim, na CME Group (Bolsa de Chicago), o contrato Mar/23 da soja teve preço médio de US$ 15,2761/bushel em fevereiro, o maior desde agosto/22. A maior procura por farelo de soja nos Estados Unidos e as expectativas de aumento da demanda global por esse subproduto, devido à possível menor oferta na Argentina, impulsionaram os contratos futuros do derivado e da matéria-prima. Vale lembrar que o clima seco e quente predomina em áreas de produção de soja na Argentina, resultando em incertezas quanto à produtividade da safra de soja na temporada 2022/23. Com isso, o contrato Mar/23 do farelo de soja foi de US$ 492,91/tonelada curta (US$ 543,3/t) em fevereiro, o maior patamar nominal desde setembro/12, sendo 1,8% maior que o de janeiro/23 e 9,4% superior ao de fevereiro/22. Diante da valorização do farelo de soja, os preços do óleo de soja recuaram. O contrato Mar/23 caiu 2,3% frente ao de janeiro/23 e 8,9% em relação ao de fevereiro/22, cotado a US$ 0,6096/lp (US$ 1.338,99/tonelada), a menor média desde janeiro/22.

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