Bitcoin retoma ímpeto em forte reação de sobrevenda e otimismo institucional
A ação ordinária da Cury Construtora e Incorporadora (BVMF:CURY3) foi uma das removidas da estratégia "Melhores Ações Brasileiras" na atualização de outubro. O papel foi selecionado por nossa IA preditiva em 1º de junho, e saiu com ganhos de +20,3% agora. E em 2025, a CURY3 já acumula +93,3% de retorno. Utilizando as ferramentas avançadas do InvestingPro, vamos analisar a empresa para descobrir se continua como boa opção para o resto do ano.
Ao ser adicionada em julho, os argumentos da ProPicks IA para a Cury foram os seguintes:
- Nosso motor de análise identificou a Cury Construtora como uma compra atraente, apoiada em desempenho de mercado excepcional, métricas de crescimento robustas e alta rentabilidade.
- A ação entregou retornos notáveis: +71,9% no ano até então, +65,4% em 12 meses, e ainda negocia com desconto relevante em relação ao preço-alvo médio de analistas, próximo de R$ 6.
- O crescimento de receita é impressionante, em +37,6% nos últimos 12 meses e +45,2% no trimestre, sustentado por vendas recordes no 1T25 de R$ 356 milhões (+35,7% a.a.) e pela entrada no lucrativo segmento Faixa 4 do programa MCMV.
- Os indicadores de rentabilidade são sólidos: 38,8% de Margem Bruta, 21,8% de Margem Operacional e 18,8% de Retorno Sobre Ativos (ROA), além de 24 trimestres consecutivos de geração de caixa positiva.
- Com um PEG Ratio de apenas 0,32x e crescimento projetado de +20% no Lucro por Ação ao ano, a Cury oferece uma avaliação atraente em relação ao seu potencial de crescimento.
O último balanço divulgado pela empresa referente ao 2T25, em 5 de agosto, deu valor aos argumentos. O crescimento de receita em relação ao mesmo período do ano anterior foi de +34,9%, e também vale destacar o crescimento do lucro líquido de +52,4% no período. O ROA está em 19,0% e a Margem Bruta em 39,1%, enquanto a Margem Operacional subiu para 22,6%. O PEG Ratio segue atrativo em 0,36x e o Lucro por Ação subiu +32,7% em relação ao 2T24 e +5,2% em relação ao 1T25.
Mas, ao ser removida pela IA da ProPicks em 1º de outubro, quais foram os motivos?
- A ação saiu do radar principal de alguns investidores, já que outros papéis do setor de construção passaram a oferecer oportunidades mais atrativas em termos relativos.
- Apesar do forte crescimento de receita e EBITDA (+46%), o JPMorgan rebaixou a recomendação da Cury para Neutra, citando preocupações de valuation relativo e destacando que investidores podem preferir alternativas com P/L mais baixos durante o ciclo de cortes de juros no Brasil.
- Após acumular alto retorno no ano e negociar a 95,5% da máxima de 52 semanas, o papel perdeu força, avançando apenas +1,2% no último mês.
- A companhia ainda enfrenta reclamações de clientes sobre qualidade dos imóveis e acusações de furto de água pela Sabesp, fatores que podem gerar obstáculos adicionais.
- Mesmo assim, mantém fundamentos consistentes, com Dividend Yield de 5,4% e Margem Operacional de 22,6%. A mudança reflete rotação de portfólio, e não um sinal de venda.

O que diz o InvestingPro?
O P/L da Cury, citado diretamente entre os argumentos para a remoção, está em 12,5x -- e o setor tem média de 11,2x atualmente. Vale destacar também sobre o valuation que o P/VPA de 7,4x está muito alto (contra 1,4x de média do setor).
Porém, o cálculo de preço-justo do InvestingPro ainda aponta potencial de valorização de +9,4% para os próximos 12 meses para a ação, de acordo com 10 modelos de valuation. Porém, a avaliação foi puxada para cima pelo modelo de Fluxo de Caixa Descontado de 10 Anos com Saída pela Receita (+91,9% de upside). Ao remover este outlier, o potencial da CURY3 passa a ser de somente +0,26%. Por outro lado, a média do preço-alvo de 11 analistas aponta que o mercado ainda está mais otimista: upside possível de +16,9%.
Já as ProTips da página da empresa possuem 15 destaques, sendo 14 positivos e apenas um negativo -- que trata justamente do alto P/VPA da ação. Entre os pontos positivos estão a relação Dívida Líquida/Capital Total de -2,0% e a Liquidez Corrente de 2,1x, além de outras métricas comentadas aqui como o PEG Ratio e os dividendos.
A pontuação geral de Saúde Financeira da Cury é de 3,60 (B), valor bastante acima da média de 2,75. Tudo graças à categoria de Lucratividade (4,50), que destaca indicadores como o ROIC de 37,0% e o ROE de 70,1%, além do ROA e do lucro líquido já citados. A categoria de Tendência de Preço (4,18) também pontua alto por conta do ótimo desempenho do papel desde o ano passado.

Por fim, solicitamos ao WarrenAI uma análise SWOT da Cury. Muitos dos pontos positivos e negativos concordaram com os argumentos da ProPicks IA e da avaliação do InvestingPro. Entre as forças e oportunidades, ainda vale destacar:
- Execução operacional: 93% das vendas no programa Minha Casa, Minha Vida, com lançamentos crescendo +28%.
- Inclusão no Ibovespa: Reforça liquidez e visibilidade para investidores institucionais.
- Mercado em expansão: Segmento de habitação popular segue forte, apoiado por políticas públicas.
Por outro lado, entre as fraquezas e ameaças, também existem questões consideráveis:
- Dependência de incentivos: 93% das vendas atreladas ao Minha Casa, Minha Vida expõe a riscos regulatórios/políticos.
- Concorrência acirrada: Setor altamente competitivo pode pressionar margens.
- Sensibilidade a juros e política: Mudanças econômicas e no programa habitacional podem frear vendas.
- Risco de realização de lucros: Após grande alta em um ano e preço próximo ao topo, investidores podem buscar alternativas mais baratas.
Os assinantes do InvestingPro puderam aprovietar o rally da CURY3 com a análise preditiva da ProPicks IA, que reúne estratégias de investimentos em ações de vários mercados globais, incluindo o brasileiro. Com menos de R$ 2 por dia, o assinante dos planos Pro e Pro+ tem acesso à estratégia "Melhores Ações Brasileiras", da qual a ação fez parte entre junho e outubro com retorno de +20,3%.
O que você acha da Cury? Ainda vale apostar na construtora?
OBS: Dados coletados em 1º de outubro de 2025
