VIVA3: XP eleva preço-alvo da Vivara por dinâmica de crescimento e margens
Desde a crise financeira de 2008, o papel do Federal Reserve na oferta de liquidez aos mercados de capitais passou por uma transformação profunda. O banco central deixou de atuar apenas como emprestador de última instância para se tornar, na prática, o principal provedor de liquidez do sistema. Em análises anteriores, foi discutido como o Fed assumiu essa função central desde 2008 e quais instrumentos utiliza para manter condições amplas de liquidez. Agora, cresce a possibilidade de uma nova mudança estrutural na condução da política monetária, potencialmente tão relevante quanto a anterior.
Atualmente, entender a atuação do Fed é essencial, pois a política monetária se tornou o principal vetor de liquidez global e, portanto, um dos maiores determinantes dos preços dos ativos. Sem compreender as ações do banco central, mesmo as melhores estratégias de investimento podem se basear em diagnósticos equivocados.
O predomínio do pensamento de grupo
O Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc), responsável pelas decisões de política monetária, se reúne a cada seis semanas para avaliar a economia, as condições financeiras e o nível de liquidez do sistema, a fim de ajustar juros e balanço de ativos conforme as metas de inflação e emprego.
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Após dois dias de debates, os membros com direito a voto decidem sobre possíveis alterações, geralmente envolvendo a taxa básica (Fed funds) ou o ritmo de compra e venda de ativos (QE ou QT). O comitê é composto por:
- sete membros do Conselho de Governadores, incluindo o presidente do Fed;
- quatro presidentes de bancos regionais, em sistema rotativo;
- e o presidente do Fed de Nova York, que tem voto permanente.
Embora existam divergências nas discussões, o resultado oficial quase sempre transmite uma aparência de consenso. No encontro de 29 de outubro de 2025, por exemplo, dez dos doze membros votaram a favor da decisão principal, enquanto dois divergiram: Stephen Miran defendeu um corte de 0,5 ponto percentual, e Jeffrey Schmid preferiu manter a taxa inalterada.
Historicamente, cerca de 5% dos votos em reuniões do Fomc são dissidentes, média que se mantém desde 1936. Desde o ano 2000, o máximo de divergências em uma única reunião foi de três votos, o que mostra a predominância de decisões consensuais.
Fed: entre independência e influência política
Apesar de sua suposta independência, o Fed sempre teve algum grau de influência política. As indicações presidenciais para o conselho normalmente refletem alinhamento com a visão econômica do governo em exercício.
Por isso, não surpreende que Stephen Miran, indicado por Donald Trump, defenda cortes mais agressivos de juros. O mesmo perfil pode se repetir nas próximas nomeações, com a possível substituição de Lisa Cook e do presidente Jerome Powell em maio.
O embate atual dentro do comitê reflete duas correntes principais: os hawkish, que priorizam o controle da inflação, e os dovish, que buscam preservar o mercado de trabalho. Contudo, cresce a percepção de que o debate está se politizando. Parte dos membros mais inclinados à flexibilização pode estar apoiando cortes para favorecer o desempenho econômico sob o governo Trump, enquanto outros mantêm posições restritivas não apenas por preocupação com a inflação, mas por divergirem das políticas da Casa Branca.
Risco de fragmentação e perda de consenso
Se a divisão política se aprofundar, o presidente do Fed pode ter mais dificuldade para conduzir o comitê a uma posição unificada. As probabilidades de corte de juros na próxima reunião vêm oscilando entre 25% e 85%, refletindo as declarações divergentes dos próprios membros. Atualmente, o FOMC está dividido entre defensores de um novo corte em dezembro, opositores da medida e alguns indecisos, cenário que pode levar a quatro ou mais votos dissidentes.
O que significa o aumento das dissidências
Tradicionalmente, o presidente do Fed busca apresentar um consenso sólido, reforçando a confiança dos mercados de que a instituição domina o cenário econômico e tem a política adequada. Contudo, esse “pensamento de grupo” também contribuiu para erros de política monetária relevantes ao longo das últimas décadas.
Um número maior de votos divergentes, embora gere desconforto, pode sinalizar uma instituição mais transparente e disposta a reconhecer incertezas. Quando há várias dissidências, o mercado entende que o Fed não está plenamente seguro de suas decisões, percepção mais realista do que a de uma unanimidade artificial. Por outro lado, um consenso total em meio a um ambiente de divergência pública pode indicar elevada confiança da autoridade monetária em sua estratégia.
Em resumo, a política monetária dos Estados Unidos caminha para um momento de maior pluralidade dentro do Fed. Para os investidores, isso significa mais volatilidade, mas também decisões potencialmente mais equilibradas e menos sujeitas ao automatismo de um único ponto de vista.
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