Os preços internos do café robusta seguem em queda, refletindo a intensificação da colheita no Brasil. Conforme pesquisadores do Cepea, o ritmo de negociações da variedade está lento, com poucos agentes ativos. Nessa terça-feira, 18, o Indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6, peneira 13 acima, a retirar no Espírito Santo, fechou a R$ 407,82/saca de 60 kg, recuo de 1,7% em relação à terça anterior, 11. Para o arábica, a liquidez também segue baixa, com a disparidade entre vendedores e compradores restringindo maiores quantidades comercializadas. Além disso, a relativa estabilidade das cotações externas de arábica e do Real frente ao dólar também tem limitado as negociações. Entre 11 e 18 de abril, o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 bebida dura para melhor, posto na capital paulista, avançou 1,1%, fechando a R$ 479,24/saca de 60 kg na terça.
ALGODÃO: COM POUCOS COMPRADORES ATIVOS, LIQUIDEZ SEGUE BAIXA
A comercialização de algodão em pluma segue enfraquecida no mercado brasileiro. De modo geral, vendedores estão mais ativos que compradores. Segundo agentes consultados pelo Cepea, parte das empresas não tem necessidade de adquirir a pluma, afirmando estar abastecida com o produto contratado. Além disso, muitos demandantes estão na expectativa de conseguirem preços menores que os atuais, fundamentados na proximidade da colheita da nova safra. Apenas algumas unidades compram pequenos volumes, mas ainda prevalece a “queda de braço” com vendedores na busca por valores mais baixos. De 11 a 18 de abril, o Indicador CEPEA/ESALQ com pagamento em 8 dias, referente à pluma 41-4 posta em São Paulo, caiu 0,7%, fechando a R$ 2,7409/lp nessa terça-feira, 18.
ALFACE: OFERTA REDUZIDA ELEVA PREÇOS NO SUDESTE
Os preços das alfaces americana e crespa subiram na última semana em Mogi das Cruzes (SP) e Teresópolis (RJ), reflexo das amplas oscilações de temperatura, que vêm prejudicando a qualidade das folhosas na região Sudeste. Segundo pesquisadores do Hortifruti/Cepea, a americana é a mais afetada, apresentando dificuldade na formação do pé e descartes nas lavouras. Entre 10 e 13 de abril, as cotações dessa variedade subiram 20% na praça fluminense, a R$ 11,38 por caixa com 12 unidades. Quanto à alface crespa, os valores se elevaram 6% na mesma região, a R$ 7,60/cx com 18 unidades. Em Mogi das Cruzes, as cotações da crespa aumentaram 5%, fechando a R$ 13,14/cx com 20 unidades. Ambas as regiões vêm fornecendo alface crespa para Mário Campos (MG). Assim, se o volume da variedade continuar diminuindo nas próximas semanas em SP e no RJ, a oferta pode não ser suficiente para abastecer as demandas local e externa, o que pode impulsionar ainda mais os preços.