PARIS (Reuters) - O presidente francês, François Hollande, disse nesta quinta-feira que as forças que combatem militantes do Estado Islâmico na Síria e no Iraque devem ter mais apoio do Ocidente, mas acrescentou que o presidente sírio, Bashar al-Assad, não pode ser um aliado contra os jihadistas.
"Uma grande aliança é necessária, mas vamos ser claros. Assad não é um parceiro na luta contra o terrorismo", disse Hollande em um discurso. Chamando Assad de um aliado dos jihadistas, ele completou: "Não há escolha a ser feita entre duas barbáries."
Em um texto divulgado antes de um discurso para uma conferência anual de embaixadores franceses, Hollande também disse que "para combater o Estado Islâmico, a comunidade internacional deve também armar as forças que o estão combatendo."
Forças rebeldes sírias têm lutado contra Assad há mais de três anos com apoio político do Ocidente, em uma guerra que já custou 190 mil vidas.
No entanto, a chegada de grupos islâmicos extremistas para o front da guerra e seus avanços no vizinho Iraque têm marcado um dilema para a política externa ocidental.
A França, na semana passada, disse ter fornecido armas para a oposição síria "moderada", mas diplomatas disseram que há diferenças de opiniões entre Paris e Washington sobre se deve ser concedido mais apoio no futuro, à medida que os esforços de combate ao Estado Islâmico na Síria crescem.
Hollande reiterou seus planos para realizar uma conferência internacional para ajudar a coordenar ações internacionais contra o Estado Islâmico.
(Por John Irish)