SÃO PAULO (Reuters) - O abate de suínos do Brasil atingiu 14,07 milhões de cabeças no segundo trimestre, alta de 7,2% ante igual período do ano passado e um recorde na série histórica do IBGE, iniciada em 1997, informou o instituto nesta terça-feira.
Segundo levantamento, houve alta no volume de abates do período em 19 dos 25 Estados participantes da pesquisa.
Santa Catarina continuou na liderança do abate de suínos, com 28,4% da participação nacional, seguido por Paraná (20,9%) e Rio Grande do Sul (17,1%).
O IBGE também informou que 7,38 milhões de cabeças de bovinos foram abatidas no segundo trimestre sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária, o que representa alta de 3,5% ante o mesmo período de 2021.
O total de fêmeas abatidas na pecuária bovina foi de 2,93 milhões, com alta de 12,8% frente ao segundo trimestre de 2021 e estabilidade ante o mesmo trimestre de 2020, destacou o instituto.
O Estado de Mato Grosso é líder com 15% dos abates, seguido por São Paulo (12%), Mato Grosso do Sul (11,3%) e Minas Gerais (10,3%).
Por outro lado, o IBGE informou que foram abatidas 1,5 bilhão de cabeças de frangos, com quedas de 1,4% em relação ao mesmo período de 2021 e 2,7% ante o primeiro trimestre de 2022.
Apesar das retrações, a pesquisa registrou o melhor mês de maio para o segmento na série histórica do instituto.
Segundo a análise, houve queda no abate em 17 dos 25 Estados que participaram da pesquisa, dentre eles importantes produtores como Santa Catarina (-5,69 milhões de cabeças) e Rio Grande do Sul (-3,97 milhões de cabeças).
O Paraná, líder no abate de frangos, teve um aumento de 6,90 milhões de cabeças no volume de abates, mas que não foi suficiente para compensar os recuos nos demais Estados.
Os números confirmam dados preliminares divulgados em agosto pelo IBGE sobre os abates no segundo trimestre.
(Reportagem de Nayara Figueiredo)