SÃO PAULO (Reuters) - O Café Santa Mônica assinou nesta sexta-feira, em Xangai, um memorando de entendimento com o fundo de investimento Greenfield Capital e o governo chinês no valor de 1,5 bilhão de dólares, que deverá viabilizar a construção de duas torrefações na China, além da exportação de café brasileiro.
Segundo comunicado da InvestSP, agência ligada ao governo paulista que visa atrair investimentos para o Estado, o acordo prevê a criação de uma holding que construirá torrefações e montará 100 mil vending machines para distribuir o produto diretamente aos consumidores chineses.
Do lado brasileiro, a Santa Mônica fornecerá o café paulista para a holding. A expectativa é que ao longo dos próximos 12 meses o grupo exporte aproximadamente 100 mil sacas de café de 60 quilos para o cobiçado mercado da China.
"Os embarques de café e os primeiros aportes de recursos começam a partir de setembro. O planejamento indica que o projeto como um todo será concluído em até cinco anos, com a construção das fábricas e a instalação das vending machines", afirmou Colin James Francis, executivo de negócios internacionais do Café Santa Mônica, segundo nota da InvestSP, ligada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico de São Paulo.
O acordo permitirá que uma empresa brasileira possa comercializar o café paulista diretamente com o mercado chinês, garantindo assim melhores margens de remuneração ao longo de toda a cadeira de produção, acrescentou o comunicado.
Atualmente, o Café Santa Mônica já exporta para mais de 30 países e iniciou recentemente os primeiros embarques para a China, mas ainda em lotes pequenos. O acordo permitirá que a empresa possa ampliar de forma significativa sua participação no mercado chinês.
(Por Roberto Samora)