Por Marcelo Teixeira
NOVA YORK/LONDRES (Reuters) - Os contratos futuros na ICE avançaram mais uma vez nesta sexta-feira para fechar a semana com fortes ganhos, com investidores aguardando por avaliações de possíveis danos nas safras de cana-de-açúcar no maior produtor, Brasil, devido às geadas desta semana.
AÇÚCAR
* O açúcar bruto para outubro fechou em alta de 0,21 centavo de dólar, ou 1,2%, em 18,15 centavos de dólar por libra-peso, um dia após atingir a máxima desde o fim de fevereiro. O contrato obteve ganhos de 6,9% na semana.
* Operadores afirmaram que o mercado permaneceu com suporte das geadas que atingiram as áreas de cana-de-açúcar no Brasil, maior produtor, esta semana.
* "Temperaturas (estão) agora previstas para retornar ao normal. Entretanto, qualquer dano para a cana agora está feito e a avaliação irá filtrar pelos próximos dias", disse Commonwealth Bank da Austrália.
* O Brasil exportou 2,75 milhões de toneladas de açúcar em junho, frente a 2,71 milhões um ano atrás, mostraram dados.
* O açúcar branco para agosto recuou 0,40 dólar, ou 0,1%, para 450,30 dólares a tonelada.
CAFÉ
* O café arábica para setembro fechou em queda de 3,35 centavos de dólar, ou 2,1%, em 1,5305 dólar por libra-peso, após atingir a máxima desde o início de junho na quinta-feira. O contrato recuou 3,25% na semana.
* Corretores e analistas acreditam que a maior parte das áreas de café no Brasil foram poupadas de danos em relação às geadas.
* O Brasil exportou 174.239 toneladas de café verde em junho, ante a 141.557 toneladas no ano passado, de acordo com dados.
* As exportações de café de Honduras, maior exportador de café arábica na América Central, disparou 28,4% em junho, em comparação com um ano antes, conforme informações divulgadas.
* O café robusta para setembro fechou em alta de 6 dólares, ou 0,4%, a 1.707 dólares a tonelada, atingindo anteriormente a máxima de 2 anos e meio, de 1.737 dólares.
* Operadores afirmaram que o desconto, relativamente amplo, entre robusta e arábica está tornando o antigo atraente. Os estoques de robusta nos armazéns da ICE começaram a recuar.
(Reportagem de Marcelo Teixeira)