Por Chris Mfula
LIVINGSTONE, Zâmbia (Reuters) - Investidores querem que a África do Sul evite criar incertezas com a sua proposta de reforma agrária, disse um executivo sênior do Banco Mundial, na quarta-feira, enquanto o governista Congresso Africano Nacional considera mudar a constituição para permitir a expropriação de terras sem compensação.
A maioria das terras privadas continua nas mãos da minoria branca, mais de duas décadas depois do fim do apartheid, sendo um símbolo vívido das disparidades sociais.
"Se você criar incerteza em alguns aspectos do seu ambiente, e a propriedade de terras é um deles, é um aspecto no qual os investidores vão prestar atenção", afirmou Sérgio Pimenta, vice-presidente para o Oriente Médio e África da Corporação Financeira Internacional (IFC), braço de investimento do Banco Mundial, à Reuters.
"O que investidores buscam é certeza", disse ele, durante uma reunião em Livingstone, cidade ao sul da capital da Zâmbia, Lusaka.
"O problema de terra é complexo", disse. "Qualquer que seja a solução que o governo busque, criar um ambiente confiável, certo, é importante."
Audiências públicas e redistribuição de terras foram realizadas no começo deste ano na África do Sul, atraindo grandes públicos e, com frequência, depoimentos emocionantes.