São Paulo, 3 - O Brasil buscará o reconhecimento internacional como livre de febre aftosa sem vacinação junto à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) em agosto, com a expectativa de receber uma resposta positiva em maio de 2025, afirmou, nesta quinta-feira (2), o secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Carlos Goulart. A declaração foi dada durante evento em que o vice-presidente, Geraldo Alckmin, anunciou o fim do ciclo de vacinação para febre aftosa em todo o território nacional.
"Esse foi o grande desafio enfrentado pela Defesa Agropecuária brasileira", afirmou. "A Organização Mundial de Saúde Animal virá nos auditar para verificar a nossa autodeclaração. Com êxito, poderemos alcançar novos patamares. Mas é só um início, pois viver sem vacina é um desafio muito superior a viver com vacina", acrescentou.
Presente ao anúncio, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, destacou que o estágio alcançado pelo País deve ser comemorado, embora tenha destacado que represente o início de um ciclo desafiador. "Trocamos de patamar, entrando para um grupo de elite sanitária mundial. Não é fácil nos manter, mas conseguiremos com o trabalho coletivo", disse.
Além disso, Fávaro apontou que o Brasil poderá ter a oportunidade de acessar mercados exigentes, como o Japão. "Livre de aftosa, o Brasil poderá atingir mercados ainda mais remuneradores, como Japão e Coreia do Sul, países difíceis de alcançar. Então, hoje é um dia de comemoração para a agropecuária brasileira", disse.
Já o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, destacou que a conquista do status de livre de aftosa não é mérito apenas do governo federal e do Ministério da Agricultura "O Brasil livre da aftosa sem vacinação é resultado de esforço coletivo", reforçou.
O Ministério da Agricultura reconheceu, nesta quinta-feira, os Estados de Alagoas, Ceará, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte como territórios livres de febre aftosa sem vacinação, últimas unidades federativas que não tinham esse status. Com isso, todos os Estados já suspenderam a imunização dos rebanhos.