SÃO PAULO (Reuters) - O Brasil deve colher um recorde de 121,4 milhões de toneladas de soja na atual safra 2018/19, em fase final de plantio, com Mato Grosso, maior produtor nacional, registrando rendimentos históricos, informou nesta sexta-feira a AgRural.
O volume supera os 120,3 milhões de toneladas considerados anteriormente e também fica acima dos 119,3 milhões de toneladas da temporada passada, destacou a consultoria em boletim.
Para a área plantada com a oleaginosa, houve um leve ajuste para cima, a 35,87 milhões de hectares, alta de 2,1 por cento na comparação anual.
Em pesquisada da Reuters divulgada mais cedo nesta sexta-feira, consultorias e entidades estimaram a safra brasileira de soja em uma média de 120,76 milhões de toneladas, com semeadura em 36,13 milhões de hectares.
Segundo a AgRural, Mato Grosso deve ter produtividade de 57,8 sacas por hectare neste ano, superando o recorde anterior, de 56,6 sacas, de 2017/18.
"A produtividade mato-grossense, porém, ainda depende das condições climáticas ao longo de dezembro, durante o enchimento de grãos, e na colheita", ponderou a consultoria.
"No resto do país, o rápido avanço do plantio e as condições climáticas favoráveis observadas até aqui reforçam as chances de que as produtividades obtidas na última safra sejam igualadas ou mesmo superadas. Ainda muito é cedo, porém, para elevar os números acima das marcas excepcionais obtidas no ciclo 2017/18."
Conforme a AgRural, 93 por cento da área prevista já foi plantada, ante 92 por cento há um ano e 87 por cento na média de cinco anos. O plantio de soja está finalizado nos três Estados do Centro-Oeste e em São Paulo.
MILHO
A AgRural prevê que o centro-sul do Brasil produzirá 21,6 milhões de toneladas de milho na primeira safra 2018/19, colhida no verão, contra 22 milhões na estimativa anterior e 20,3 milhões em 2017/18. A área deve ser de 2,92 milhões de hectares.
"Com as últimas áreas de São Paulo, Minas Gerais e Goiás semeadas nesta semana, o plantio está encerrado no Centro-Sul e as lavouras se desenvolvem bem", afirmou a consultoria.
(Por José Roberto Gomes)