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Alta do dólar enfraquece concorrentes da Petrobras na importação de gasolina

Publicado 23.03.2015, 16:29
© Reuters.  Alta do dólar enfraquece concorrentes da Petrobras na importação de gasolina
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Por Marta Nogueira

RIO DE JANEIRO (Reuters) - A concorrência de empresas privadas com a Petrobras na importação de gasolina para fornecimento no Brasil observada no início deste ano deverá ter vida curta e arrefecer em março devido à desvalorização do real e a uma leve recuperação do preço do petróleo no mercado externo, disseram especialistas à Reuters.

As importações tornaram-se atrativas a partir do fim de 2014, quando pela primeira vez em cerca de quatro anos os preços internos do diesel e da gasolina ficaram mais altos do que no exterior.

Os preços domésticos praticados pela Petrobras são controlados pelo governo e balizam o mercado, enquanto no exterior seguem as cotações do petróleo.

O preço da gasolina no Brasil, na sexta-feira, ficou igual ao praticado no exterior, segundo a Tendências Consultoria, enquanto o diesel permaneceu 15,3 por cento mais caro no mercado interno.

"A Petrobras é obrigada a importar para atender o mercado, mas para outras empresas já não compensa mais importar combustível, não faz sentido", afirmou o analista da Tendências Consultoria, Walter de Vitto. "Foi bem restrito àquele momento."

Na média de março até o dia 20, a gasolina ficou 4 por cento mais cara no Brasil do que no exterior, enquanto o diesel ficou 14,5 por cento mais caro, segundo dados da Tendências.

Os valores já são bem diferentes dos observados no fim do ano passado e início deste ano. Em janeiro, a gasolina e o diesel chegaram a ficar 37,8 por cento e 35,5 por cento mais caros no mercado doméstico do que no exterior, respectivamente.

Desde a virada do ano, o dólar acumula cerca de 20 por cento de valorização ante o real. Já o petróleo Brent é negociado no mesmo patamar do início do ano, mas chegou a ter alta de quase 10 por cento em meados de fevereiro na mesma comparação.

PREDOMINNCIA DA PETROBRAS

Vitto explicou que, para importar combustíveis, as empresas precisam olhar outras variáveis além dos preços. Os custos de internação o produto, como frete, seguros e taxas aduaneiras, e as limitações logísticas no Brasil são pontos a considerar.

Na janela de oportunidades dos últimos meses, um total de oito empresas fizeram importações de diesel e gasolina A (pura), segundo o diretor de Abastecimento do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicom), Luciano Libório.

Apesar do surgimento dos concorrentes, a realidade brasileira impediu que a Petrobras perdesse sua habitual dominância de mercado, destacou o diretor do Sindicom.

Além da logística de distribuição ser dominada pela estatal, concorrentes temem se expor demais a um cenário que depende muito de decisões repentinas do governo.

A gasolina importada por concorrentes da Petrobras respondeu, em janeiro, por 1,6 por cento do total vendido no Brasil e, em fevereiro, a estimativa é de que tenha atingido 3,2 por cento, segundo Libório.

Já o diesel importado não teve participação em janeiro e estima-se que tenha representado 9 por cento das vendas em fevereiro.

Apesar do surgimento tímido de concorrentes, o cenário favoreceu a Petrobras, que por muitos anos amargou fortes prejuízos com as importações.

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